Reuters
31/05/2002 - 14h22

Provedores europeus perto do lucro não atraem investidores

da Reuters, em Londres (Reino Unido)

Os maiores provedores de acesso à internet na Europa podem estar perto de alcançar o lucro operacional pela primeira vez neste ano, mas ainda há pouco interesse dos investidores no setor, dizem analistas.

A italiana Tiscali foi o primeiro provedor a atingir o equilíbrio financeiro, ao ter lucro operacional de US$ 932 mil no primeiro trimestre de 2002.

Muitos analistas prevêem que a francesa Wanadoo e a alemã T-Online sejam as próximas a ficar no azul, o que deve acontecer no atual trimestre em bases operacionais.

Já a espanhola Terra Lycos, da Telefônica, deve atingir o equilíbrio financeiro nos primeiros três meses do ano que vem, já que a empresa está sendo duramente atingida pela retração da publicidade on-line, afirmam analistas.

Porém, os resultados dos quatro maiores provedores do continente europeu estão longe de impressionar os investidores. As ações de todas essas companhias estão com valores próximos aos mais baixos em um ano.

"Pode levar muitos trimestres até que os investidores retornem", disse um analista de internet em Londres.

Os provedores da Europa têm explorado apenas um segmento de negócio para tentar atingir a lucratividade: vender acesso à internet. Porém, a conexão convencional por linha telefônica discada se tornou um commodity, com margens baixas.

O plano original dos provedores europeus era atrair os consumidores com assinaturas baratas, ou até sem custo, e conseguir receita com publicidade e comércio eletrônico. Mas a estratégia acabou não se confirmando.

A AOL Europe, subsidiária da America Online, foi uma das prejudicadas. A empresa —que tem 5,5 milhões de clientes na França, Alemanha e Reino Unido— teve prejuízo de US$ 600 milhões no ano passado sobre receita de US$ 800 milhões.

Com a baixa expectativa de recuperação do mercado publicitário, os provedores voltam a apostar no faturamento obtido com acesso, desta vez com conexões de banda larga, produtos com margem de lucro maior, de 45% (mais do que o dobro do dial-up).

"O acesso ainda é o nome do jogo", disse um analista.

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