Aumenta pressão internacional sobre Índia e Paquistão
da Reuters, em Almaty (Cazaquistão)A Índia e o Paquistão viram-se hoje sob crescente pressão para colocar fim à crise que levou as duas potências nucleares rivais à beira de uma guerra.
O presidente russo, Vladimir Putin, tenta convencer os líderes indiano e paquistanês, ambos na cidade de Almaty [capital comercial do Cazaquistão] para uma cúpula asiática, a se encontrem pessoalmente.
O dirigente do Paquistão, Pervez Musharraf, disse ter sugerido uma reunião com o primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, várias vezes sem sucesso. Vajpayee já descartou um encontro cara a cara em Almaty.
Putin e o presidente chinês, Jiang Zemin, pretendem encontrar-se com os dois líderes em separado para tentar diminuir o nível de tensão na região. A Índia e o Paquistão estacionaram cerca de 1 milhão de soldados em sua fronteira comum em meio a uma disputa pela Caxemira.
O clima de enfrentamento pareceu acirrar-se hoje após autoridades terem dito que um soldado paquistanês havia sido morto em uma troca de tiros entre os dois países.
A concentração de tropas começou em dezembro, depois de o Parlamento indiano ter sido atacado por separatistas que, segundo a Índia, possuem suas bases no Paquistão. O nível de tensão voltou a subir no dia 14 de maio, quando uma base militar indiana foi alvo de uma investida de separatistas que deixou mais de 30 mortos.
A disputa pela Caxemira motivou duas das tês guerras travadas pelos dois países desde que se tornaram independentes da Grã-Bretanha, em 1947.
Os esforços da China e da Rússia somam-se à pressão dos EUA e da comunidade européia. O secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, e o vice-secretário de Estado do país, Richard Armitage, devem visitar a Índia e o Paquistão nos próximos dias.
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