Reuters
06/06/2002 - 08h26

Musharraf garante que não vai iniciar guerra com Índia

da Reuters, em Islamabad

O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, afirmou que não vai iniciar uma guerra contra a Índia e deixou claro que busca a paz, disse hoje Richard Armitage, vice-Secretário de Estado dos Estados Unidos.

"O presidente Musharraf deixou claro que está procurando a paz e que não dará início a uma guerra. Tenho esperanças de que conseguirei as mesmas garantias amanhã em Nova Déli", disse Armitage a jornalistas.

Reuters - 12.ago.2001
Pervez Musharraf, presidente do Paquistão
O representante norte-americano chegou hoje à Islamabad em uma missão para diminuir a tensão entre Índia e Paquistão. O clima entre os dois rivais do sul da Ásia tem disseminado o temor de uma quarta guerra, possivelmente nuclear. Amanhã, Armitage irá à Nova Déli.

"...nas conversas que tivemos com o presidente Musharraf, ele deixou claro que quer fazer de tudo para chegar à paz. Esse é um passo muito bom para se continuar", relatou Armitage.

O Paquistão e a Índia mobilizaram cerca de 1 milhão de soldados ao longo de sua fronteira comum depois de dezembro, quando separatistas contrários à existência da Caxemira indiana e supostamente vindos do território paquistanês atacaram o Parlamento indiano.

Os dois países disputam o poder do território da Caxemira. Atualmente, dois terços do território estão sob domínio indiano (45%) e o restante sob controle do Paquistão e da China. Das três guerras travadas desde a independência (1947), duas delas foram por causa da Caxemira.

A situação entre Índia e Paquistão voltou a ficar tensa depois de um atentado ocorrido no dia 13 de dezembro, quando homens armados com rifles e granadas invadiram o Parlamento da Índia, em Nova Déli. O incidente deixou 14 mortos, entre eles os cinco terroristas. Nova Déli responsabilizou as guerrilhas islâmicas do Paquistão e preparou uma resistência militar na fronteira com o território paquistanês, pedindo a Islamabad que acabe com os militantes islâmicos.

No dia 14 de maio, supostos rebeldes muçulmanos contrários ao governo da Índia na Caxemira invadiram um campo militar e mataram mais de 30 pessoas, entre elas familiares de soldados.

O governo militar do Paquistão também disse que não permitiria que a sua parte da Caxemira fosse usada para atividades terroristas.


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