Reuters
08/06/2002 - 14h57

Protesto contra a fome reúne milhares em Roma

da Reuters, em Roma

Milhares de manifestantes críticos à globalização saíram às ruas de Roma hoje para pedir à ONU (Organização das Nações Unidas) e aos líderes mundiais que mudem suas táticas de combate à fome.

A manifestação atraiu gente da Europa, África, Ásia e América Latina, em uma cidade que já está sob segurança reforçada por causa da cúpula da ONU sobre o assunto, que começa na segunda-feira (10).

O encontro está marcado pela polêmica relativa à anunciada participação do presidente do Zimbábue, Robert Mugabe. A União Européia proíbe sua entrada em seus países, mas ele conseguiu driblar a restrição por se tratar de um evento da ONU.

O encontro quer dar novo ímpeto à promessa mundial de reduzir pela metade, até 2015, a quantidade de pessoas que passam fome. Para o ativista francês José Bové, "não é só um problema de quantidade de comida, é um problema político e econômico".

Camponeses mexicanos, agricultores indonésios e ativistas alemães levaram feixes de trigo, bandeiras amarelas pedindo a soberania alimentar e cartazes condenando os cultivos transgênicos.

"Estamos aqui para dizer à FAO (órgão da ONU para agricultura e alimentação) que tire a Organização Mundial de Comércio da política agrícola", disse o indiano Manab Bozu.

A polícia disse que mais de 10 mil pessoas estavam no começo da marcha. Os organizadores esperavam 50 mil. Mais de 5.000 policiais foram destinados à segurança da reunião, mas as autoridades dizem que não esperam a repetição dos incidentes violentos da cúpula do G-8 no ano passado, em Gênova.

 

FolhaShop

Digite produto
ou marca