Padres dos EUA devem agir rápido para recuperar confiança
da Reuters, em DallasA decisão da Igreja Católica dos EUA de remover padres pedófilos dos púlpitos abre caminho para o frágil restabelecimento da confiança entre os fiéis e os líderes da igreja, mas aumenta a pressão para que os bispos ajam de forma rigorosa.
No encontro de três dias, em Dallas, destinado a reconstruir a confiança na cúpula da Igreja, fortemente abalada pelo escândalo envolvendo abuso sexual de crianças, os bispos norte-americanos adotaram uma nova política, barrando permanentemente os padres pedófilos do ministério da fé.
A nova política impede os padres de rezarem missa pública, de vestirem a batina, ou de se apresentarem como padres. Mas foi criticada por grupos católicos leigos por não punir os bispos que tentaram abafar a crise.
"Essa política fecha o primeiro capítulo dessa história suja de abuso sexual na Igreja Católica", disse Thomas Reese, editor da revista semanal católica América. "Agora as pessoas vão vigiar os bispos para garantir que a política seja implementada", acrescentou.
"Vai levar algum tempo para as pessoas nas paróquias superarem a fúria que estão sentindo em relação aos bispos. Os bispos terão de consertar muitos buracos na cerca", afirmou Reese.
A magnitude da tarefa dos bispos norte-americanos foi evidenciada pelas pesquisas conduzidas antes do encontro: 90% dos católicos americanos achavam que a Igreja deveria ter tolerância zero com os padres pedófilos, e, na opinião de 70%, os bispos que protegeram padres pedófilos deveriam ser forçados a renunciar.
