Rússia critica novo plano dos EUA de sanções contra o Iraque
da Reuters, em Nova YorkA Rússia permaneceu ao lado do Iraque, opondo-se a um novo plano de sanções apresentado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. O plano prevê o fim da proibição de compra de bens civis e a intensificação do controle de materiais militares que entram em Bagdá.
Minutos depois de o Reino Unido ter distribuído aos 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) um projeto de resolução sobre as sanções que elaborou junto com os EUA, a Rússia reapresentou um projeto proposto sem sucesso em dezembro.
O embaixador russo junto à ONU, Sergei Lavrov, dando continuidade às dúvidas levantadas pelo chanceler do país, Igor Ivanov, em Washington (EUA), leu uma lista de críticas, a fim de atrasar e enfraquecer as novos propostas britânicas e americanas.
Lavrov afirmou que uma nova estratégia em relação ao Iraque deveria ser estudada. A Rússia, os EUA, o Reino Unido, a França e a China, membros permanentes do Conselho de Segurança, são os únicos países que possuem poder de veto.
O governo chinês também disse acreditar que as novas medidas não poderiam ser adotadas do modo como os EUA desejam antes que a atual fase do programa petróleo-por-comida termine no dia 3 de junho. O programa visa minimizar o impacto das sanções sobre a população civil do Iraque, sob embargo desde a invasão do Kuait, em 1990.
A França mostrou-se mais conciliadora, mas também levantou dúvidas sobre a aprovação rápida das medidas e afirmou que apresentaria emendas ao projeto.
Mas o representante dos EUA, James Cunningham, disse não ver motivos para atrasos.
Lavrov declarou que o atual programa petróleo-por-comida deveria ser prorrogado por mais seis meses, prazo durante o qual o Conselho de Segurança discutiria mudanças substanciais no sistema de sanções.