Estudo mostra avanço de tecnologias digitais para música
da Reuters, em Los Angeles (EUA)Enquanto as gravadoras ainda pensam na crise econômica mundial e na pirataria pela internet, estudo divulgado ontem advertiu o setor quanto à próxima onda digital —a transferência de música dos PCs para aparelhos de som.
"Com cada nova tecnologia digital que surge, a indústria fonográfica parece assumir uma postura de esperar para ver o que acontece, e no final acaba com situações como o Napster, em que o setor é forçado a ser reacionário e tenta enfiar o gênio de volta na garrafa", disse Joe Laszlo, analista da Jupiter Media Metrix.
"O compartilhamento de conexões de banda larga entre vários micros vai gerar a adoção de redes caseiras, e a música vai ser protagonista no processo", disse ele.
Nas redes caseiras, televisores, aparelhos de som e computadores são conectados, o que permite a transferência, por exemplo, de filmes ou música de um lugar para outro e a altas velocidades, e também permite que conexões de internet sejam compartilhadas.
No estudo, a Jupiter Media Metrix diz que cerca de 23 milhões de domicílios norte-americanos terão redes domésticas até 2006, respondendo por um terço do total de domicílios on-line. O número estava em 6 milhões no ano passado.
A Jupiter prevê que dois tipos de redes caseiras vão surgir: uma baseada em micros e outra em um adaptador de TV. As tecnologias controlarão os aparelhos de som e TVs, entre outras coisas, como a temperatura da casa.
O estudo afirma que fabricantes de eletrodomésticos e eletrônicos, gravadoras e provedores de internet deveriam planejar produtos baseados na disseminação desses dois tipos de redes residenciais.
Laszlo disse ainda que já existem produtos da HP, da SONICblue e da Simple Devices que conectam micros a aparelhos de som.
"A indústria fonográfica precisa colocar ordem na casa e deixar claro que quer uma rigorosa administração de seus direitos autorais embutida nesses novos aparelhos", disse ele.
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