Absorção de CO2 por florestas pode reduzir com o tempo
da Reuters, em LondresOs ambientalistas favoráveis ao uso de florestas para absorção do excesso de dióxido de carbono (CO2) acumulado na atmosfera terrestre e consequente redução do efeito estufa devem ter de rever suas teorias.
Pesquisadores de duas universidades norte-americanas completaram um estudo de sete anos que levanta dúvidas sobre a habilidade das florestas, os "sumidouros de carbono", em absorver o excesso de CO2 liberado na atmosfera por chaminés e escapamentos.
O uso de florestas para combater o aquecimento da Terra provocado pelo efeito estufa faz parte do polêmico plano apoiado pelos EUA. A proposta foi um dos pontos que levaram ao fracasso a última reunião para o acordo do clima, em Haia (Holanda), no fim do ano passado.
As nova pesquisa mostra que a escassez de água e nutrientes no solo pode limitar o modo como as árvores reagem ao aumento da concentração de CO2.
"A respeito do aumento do CO2 atmosférico, acredito que precisamos levar em conta a fertilidade do lugar quando pensamos sobre o quanta absorção de carbono nós temos agora, e quanto podemos projetar para o futuro", disse David Ellsworth, professor de ecologia fisiológica vegetal que participou da pesquisa.
Ellsworth e sua equipe estudaram a reação de plantas em ambientes com nutrientes limitados por seguidos anos e em ambientes com alta concentração de CO2, para simular a poluição projetada para daqui a 50 anos.
A descoberta de cientistas americanos da Universidade Duke, da Carolina do Norte, e da Universidade de Michigan, saem amanhã em artigo na revista científica "Nature" (www.nature.com).