Reuters
23/06/2002 - 15h33

Países árabes querem evitar fuga de turistas para o Ocidente

da Reuters, em Alexandria

Os países árabes querem incentivar o turismo interno para bloquear a saída do fluxo de dólares para fora da região do Oriente Médio, disseram hoje autoridades.

"Não podemos continuar assim. Precisamos agir. Há um limite para a paciência", disse o ministro do Turismo do Egito, Mamdouh el-Beltagi, em encontro na cidade de Alexandria.

O turismo no Oriente Médio caiu cerca de 30% depois dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos. O índice, segundo o ministro jordaniano do Turismo, Taleb Rifai, é muito maior do que em qualquer outra parte do mundo.

O conflito entre israelenses e palestinos também prejudica a atividade. Rifai disse que os turistas árabes gastam US$ 26 bilhões por ano fora de seus países e de países árabes.

O turismo entre países árabes representa cerca de 40% da atividade na região.

Segundo Rifai, em outras partes do mundo, 80% do turismo é representado por pessoas da mesma região.

"O turismo é a indústria essencial para milhões de pessoas no mundo árabe", disse o ministro, acrescentando que a atividade representa 10% do PIB (Produto Interno Bruto) da Jordânia.

O país perdeu 10% de turistas, ou US$ 190 milhões, nos primeiros quatro meses de 2002, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo autoridades.

Entretanto a Jordânia recebeu 25% a mais de turistas árabes no ano passado do que em 2000. O país espera ainda aumento de 15% a 20% neste ano.

Propostas
Beltagi disse que o Egito está oferecendo desconto de 50% em hotéis para visitantes árabes. Em documento, o país afirmou que relaxou as exigências para emissões de vistos, com o objetivo de atrair mais turistas dos países vizinhos.

Segundo o xeque Sultan bin Jassem al-Thani, chefe da Autoridade do Turismo do Qatar, muitos turistas do país preferem agora ficar em casa ou ir para países como Egito, Líbano, Marrocos e Tunísia.

O Qatar espera ter 68% de taxa de ocupação nos hotéis na primeira metade de 2002. No ano passado, a taxa ficou em 63%, ajudada pela conferência da Organização Mundial do Comércio.

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