Encontro de incêndios ameaça tornar Arizona um "inferno"
da Reuters, em Phoenix (EUA)Os dois incêndios florestais que atingem o leste do Arizona podem se encontrar e criar um "inferno" no Estado (sudoeste dos EUA), disseram hoje autoridades norte-americanas. Mais de 25 mil moradores já tiveram que fugir das chamas.
O incêndio chamado de Rodeo, a 240 km ao nordeste de Phonenix, expandiu-se para 60 mil hectares ontem e deverá crescer mais hoje, disse Carrie Templin, da central de informações sobre incêndios.
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O fogo começou na terça-feira (18), em 120 hectares, e os bombeiros acreditam que tenha sido provocado por ação humana. As chamas espalharam-se rapidamente com ajuda do vento e da seca, entre pinheiros no terreno íngreme.
A oeste, outros bombeiros tentam evitar que as chamas do incêndio batizado de Chediski cheguem às comunidades de Overgaard e Heber, de onde os moradores já foram retirados.
As chamas dos dois incêndios já se encontraram em diversos pontos, e as autoridades estão usando fotografias infravermelhas para estudar a fusão do fogo em um só "inferno", disse Templin.
Hayman
A situação parece ter melhorado no Estado do Colorado, onde o incêndio chamado de Hayman, a 90 km ao sudoeste da capital, Denver, já teve 67% das chamas contidas. O fogo consumiu 54.800 hectares.
"O fogo está no mesmo lugar, apesar de haver pontos complicados aqui e ali", disse Randy Moech, oficial de informação dos bombeiros.
"O incêndio Hayman, iniciado por Terry Lynn Barton, empregada do Serviço Florestal dos Estados Unidos, destruiu 115 casas e 444 construções. Ela declarou-se inocente e será julgada em 26 de agosto.
Mas perto da cidade de Durango, no sudoeste do Colorado, o fogo continua forte e já consumiu quase 25 mil hectares.
Somente 25% das chamas foram contidas, mas 740 casas saíram de perigo e os moradores puderam voltar, disse Moench.
Esse foco destruiu 45 casas e provocou o deslocamento de moradores de outras 1.800 residências.
A temporada de incêndios no oeste dos Estados Unidos neste ano já consumiu cerca de 930 mil hectares, mas que o dobro da média dos últimos dez anos.