Reuters
25/06/2002 - 10h27

Enchentes matam ao menos 60 na Rússia e aumentam medo de doença

da Reuters, em Moscou

O número de mortos nas piores enchentes da Rússia em uma década subiu para 60 hoje, enquanto o país enfrenta a ameaça de uma epidemia de doenças, disseram membros das equipes de resgate.

O Ministério das Emergências informou que 60 pessoas morreram nas enchentes que devastaram o cinturão agrícola do sul da Rússia e desabrigaram milhares.

Autoridades do Ministério da Agricultura tentavam calcular a extensão dos prejuízos à safra deste ano no cinturão de trigo das regiões de Stavropol e Krasnodar. Segundo a televisão russa, que citou autoridades, seriam necessários bilhões de rublos para pôr ordem no país. Foi previsto mais tempo ruim para a região.

O ministro das Emergências, Sergei Shoigu, voou à região mais duramente atingida para defender seu ministério das acusações de que estaria sendo lento na reação ao desastre.

"Sinto muito, mas Deus também não nos avisou [do desastre]", disse o ministro aos sobreviventes das enchentes.

Ontem, ele disse que vidas foram perdidas porque as autoridades regionais falharam em retirar a tempo as pessoas. E que agora a preocupação era em evitar uma epidemia de doenças. "Temos que ter certeza que não há cólera, tifo ou febre tifóide", disse Shoigu. "Ao mesmo tempo, temos que pensar em como reconstruir nossas casas", falou aos sobreviventes.

Cerca de 13.500 soldados estacionados na Tchetchênia para combater os rebeldes separatistas foram desviados para ajudar as equipes de resgate, informou a agência de notícias "RIA". Aviões militares e helicópteros da Tchetchênia também receberam ordens para distribuir comida, remédio e suprimentos.

Segundo o Ministério de Emergências, as enchentes submergiram 236 cidades e vilarejos e destruíram ao menos 35 mil casas. Cerca de 200 mil pessoas foram atingidas até agora. O desastre destruiu mais de 215 quilômetros de oleodutos, 223 pontes e 519 quilômetros de linhas de força.

 

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