Reuters
01/07/2002 - 19h04

Agência pode prejudicar mercado de acesso rápido à web nos EUA

da Reuters, em Washington (EUA)

Propostas da agência de comunicações do governo norte-americano podem prejudicar a competição no mercado de acesso em alta velocidade à internet dos Estados Unidos, reduzindo as escolhas e causando aumento de preços para os usuários, segundo a Federação de Consumidores da América.

Para a instituição, ao flexibilizar regulamentações sobre as companhias de televisão a cabo e as de telefonia, a FCC, comissão de comunicações do governo federal do país vai apressar o fim de provedores de acesso à internet independentes que atendem usuários pelas atuais redes de telefone e cabo.

Segundo o grupo, as medidas propostas pela FCC farão com que as gigantes de TV a cabo e de telefonia, que atualmente controlam o mercado de acesso em alta velocidade, não sejam motivadas a praticarem preços baixos e a criarem produtos inovadores.

A FCC decidiu em março que os provedores de serviços por cabo não têm que compartilhar seus sistemas ou abrir suas redes para serviços concorrentes de internet. A agência ainda estuda as atuais regras de compartilhamento das redes das gigantes da telefonia como Verizon e SBC.

Enquanto consumidores que procuram por acesso convencional discado à internet têm uma ampla gama de provedores para escolher, o mercado de acesso em alta velocidade é muito mais concentrado, disse Mark Cooper, diretor de pesquisa do grupo de defesa do consumidor.

No mercado de acesso discado, existem cerca de 15 empresas para cada 100 mil usuários, enquanto o mercado de banda larga tem menos de dois para o mesmo número de usuários, disse Cooper.

As empresas de telefonia e de TV a cabo dominantes têm apenas 5% do mercado de acesso discado, mas controlam 95% do setor de banda larga, disse o representante.

"É uma lei ruim e uma má política pública. A FCC pode tentar, mas não pode definir esta política, o Congresso é que tem fazer isso", disse Cooper, que processou companhias de TV a cabo e planeja fazer o mesmo com as telefônicas se a FCC decidir desregulamentar o setor.

Representantes da agência não estavam imediatamente disponíveis para comentar a postura do grupo de Cooper.

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