Reuters
03/07/2002 - 12h30

Russos e suíços trocam acusações sobre colisão entre aviões

da Reuters, em Ueberlingen (Alemanha)

Equipes de resgate no sul da Alemanha esforçavam-se hoje para achar corpos e pistas a fim de explicar a colisão em pleno ar na qual morreram 52 crianças russas e outras 19 pessoas.

No capítulo mais recente da guerra de acusações sobre a catástrofe de segunda-feira (1º), controladores de tráfego aéreo da Suíça disseram que, no momento do impacto, estava desligado um sistema construído para alertá-los sobre aeronaves em rota de colisão.

"O sistema não estava em operação naquela hora", disse Roger Gaberelle, porta-voz da Skyguide, a empresa de controle de tráfego aéreo responsável pela área do lago Constance, no sudoeste da Alemanha, região sobre a qual o avião russo se chocou com uma aeronave de carga operada pela empresa de transporte DHL.

O Tupolev 154 da Bashkirian Airlines e o Boeing 757 da DHL voavam um na direção do outro na mesma altitude, tentaram desviar realizando um "mergulho" quase simultâneo e acabaram por se chocar.

Os controladores suíços disseram inicialmente que o piloto russo respondeu com atraso aos avisos para diminuir sua altitude. Depois, eles confessaram ter sido pequeno o tempo dado ao piloto, de 50 segundos.

A Bashkirian Airlines, uma empresa russa, negou que a tripulação do Tupolev tivesse cometido qualquer erro e atribuiu a responsabilidade pelo acidente aos controladores suíços.

Segundo Gaberelle, o sistema da torre de controle havia sido desligado para manutenção.

A maior parte das crianças russas, que passariam férias na Espanha, estava naquele avião porque haviam perdido uma conexão para o vôo original.

As equipes de resgate encontraram até agora 36 corpos. A tarefa de identificá-los, porém, promete ser difícil. Malas foram achadas a 30 quilômetros do local do acidente e partes de corpos, encontradas presas a galhos de uma mata próxima.

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