Pastrana pede apoio a prefeitos ameaçados de morte pelas Farc
da Reuters, em BogotáO presidente da Colômbia, Andrés Pastrana, pediu hoje à população do país que apoiasse os prefeitos e outros funcionários públicos ameaçados de morte pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), , enquanto as autoridades informavam um novo ataque rebelde que matou seis policiais e um civil.
"Quando os terroristas ameaçam a Colômbia e cada um dos colombianos, somos todos, sem exceção, que temos de nos unir para protestar abertamente contra a violência que ronda nossas autoridades e instituições legítimas", disse Pastrana.
O presidente de 47 anos, que entregará o poder em 7 de agosto para Alvaro Uribe, criticou outra vez as Farc, que ameaçam "executar" ou sequestrar os 1.097 prefeitos do país caso não renunciem. Dezenas de prefeitos, vereadores e outros empregados municipais renunciaram nas últimas semanas, mas o governo não aceitou as demissões, com o argumento de que foram decididas sob pressão.
As Farc disseram que as ameaças são uma represália à ruptura das negociações de paz, anunciada por Pastrana em fevereiro.
O presidente acusou os rebeldes de usarem a região de 42.000 quilômetros quadrados cedidas durante as negociações de paz para treinar seus combatentes, preparar ataques, esconder reféns e traficar drogas e armas.
"Não vamos dar nosso país aos delinquentes. Não vamos dar a eles o gosto de sair correndo ao primeiro sinal. Pelo contrário: vamos fazer frente como se deve, como nação", disse Pastrana em um ato do governo. "Estão nos atacando e ganharemos esta guerra contra o terrorismo somente com coragem e união. Não há outra maneira."
Enquanto isso, seis policiais e um civil morreram nos arredores da aldeia de Coyaima, no Departamento (Estado) de Tolima, a 180 quilômetros de Bogotá, em um ataque das Farc.
O comandante da polícia de Tolima, o coronel Hernando Chitiva, disse que os rebeldes atacaram a patrulha com explosivos e rajadas de fuzil e metralhadoras, quando os policiais estavam indo atender uma denúncia de roubo.
Além da guerrilha e das forças de segurança do Estado, o conflito interno colombiano envolve grupos paramilitares de extrema direita. Pelo menos 3.500 pessoas morrem por ano no país em decorrência da guerra.
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