Reuters
05/07/2002 - 12h55

Maior provedor do Japão não vê vantagem em alianças

da Reuters, em Tóquio (Japão)

O maior provedor de internet do Japão, o Nifty, não vê vantagens em fazer parte de uma grande aliança no setor liderada pela fabricante de processadores NEC.

A Sony, que opera o sexto maior provedor do país, a So-net, anunciou em maio o final das negociações com a Fujitsu sobre uma aliança ou uma possível compra da Nifty. O anúncio fomentou especulações de que o provedor pudesse juntar-se à aliança, chamada "Megaconsortium".

O consórcio, lançado em abril como uma maneira de cortar custos e melhorar o conteúdo, inclui as operadoras de telefonia KDDI e a fabricante de produtos eletrônicos de consumo Matsushita, bem como a NEC.

"Como um provedor, não vemos benefício em nos unirmos a eles uma vez que eles provavelmente não integrarão suas redes, que, se forem bem administradas, produziriam alguns méritos", disse Tatsuzumi Furukawa, presidente da Nifty, que é uma unidade da Fujitsu.

"Assim como para conteúdo, diferente de direitos de transmissão da Copa do Mundo ou dos Jogos Olímpicos ou de filmes de Hollywood, a maioria do material para a Internet está disponível para a Nifty se eles estão disponíveis para o consórcio."

Entretanto, Furukawa não excluiu a possibilidade de que a Nifty possa eventualmente participar da aliança ao afirmar que está "observando a situação".

Os numerosos provedores de internet do Japão estão procurando uma consolidação do mercado e alianças com a queda das receitas vindas do acesso à rede.

Além do "Megaconsortium", que tem mais de 10 milhões de usuários, a NTT, a maior companhia de telecomunicações do Japão, está considerando a integração de seus seis provedores.

Furukawa afirmou que os lucros da Nifty melhorarão para o próximo ano até março do ano que vem, com sua operação de banda larga tornando-se lucrativa até o final deste ano fiscal.

"Precisamos de cerca de 500 mil a 600 mil usuários para nosso negócio de banda larga ficar lucrativo. As assinaturas chegarão a este nível até o final do ano ou até o final do ano fiscal", disse Furukawa.

Assinantes de acesso rápido da Nifty somaram em março 280 mil.

O total de assinantes do provedor aumentou 12,6% no último ano fiscal para 5,18 milhões. O crescimento ajudou o aumento das receitas da empresa em 6% para US$ 531,7 milhões.

O segundo provedor do Japão, o Biglobe, operado pela NEC, tem 4,08 milhões de usuários.

A Nifty não revelou números específicos sobre receitas além das vendas, mas afirmou que teve lucro líquido no último ano fiscal. Para o próximo período, que se encerra em março, a empresa tem como meta aumentar as receitas em 10% para cerca de US$ 582 milhões.

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