Reuters
05/07/2002 - 16h39

Rivaldo quer Scolari na seleção e já pensa na Olimpíada de 2004

da Reuters

Terminado o período de comemoração pela conquista do pentacampeonato na Copa do Mundo de 2002, Rivaldo defendeu a manutenção da ``família Scolari'' na seleção brasileira. O meia-atacante disse que o treinador Luiz Felipe deveria ficar no comando do futebol do Brasil por mais tempo.

``Como não defender um treinador que foi pentacampeão do mundo? Eu quero que o Scolari continue na seleção'', disse Rivaldo em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira.

O jogador ainda não definiu o que pretende fazer no futuro em relação à seleção. Aos 30 anos, Rivaldo considerou difícil participar da Copa de 2006, mas não descartou a possibilidade de defender o Brasil durante os Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas.

``Ser campeão olímpico seria ótimo, mas é um assunto que preciso pensar ainda. Acho que estão surgindo grandes jogadores no Brasil e ficará cada vez mais difícil ser convocado. Acho que o Kaká (meia do São Paulo e reserva do Brasil na Copa), por exemplo, é um nome certo para a Copa de 2006'', explicou.

Rivaldo comentou que nunca mais vai se esquecer da festa promovida pelos brasileiros quando a seleção desembarcou em Brasília e seguiu para Rio de Janeiro e São Paulo.

``Foi uma festa inesquecível. Eu só não fui para o Rio de Janeiro porque estava com muitas dores no tornozelo. Mas o apoio dos brasileiros, desde a nossa primeira partida na Copa, foi fundamental'', disse.


Barcelona
Rivaldo tranquilizou torcedores e dirigentes do Barcelona ao afirmar que deseja permanecer no clube catalão até o final de seu contrato.

Rivaldo disse que não pretende ser negociado com a Lazio, negando os boatos sobre sua possível transferência para o futebol italiano.

``Eu vou me apresentar ao Barcelona no dia 22 como já estava combinado. Eu quero ficar na equipe até o final do meu contrato (mais um ano). Sobre negociações, só o Barcelona pode dar alguma informação. Eu não sei nada sobre esta história de Lazio publicada nos jornais'', disse Rivaldo.

O jogador já teve problemas com o atual técnico do clube, Louis van Gaal, que dirigiu o Barcelona pela primeira vez entre 1997 e 2000. O treinador insistia que Rivaldo deveria jogar como um ponta-esquerda, no ataque, cruzando bolas dentro da área.

``Foram divergências de opiniões. Eu falei para ele que não poderia jogar na esquerda, enfiado no ataque, porque não me sentiria bem. Tenho outras características, jogo melhor no meio-de-campo'', disse Rivaldo.

''Eu era naquela época o jogador mais caro da história do Barcelona e seria muito cobrado pelas minhas atuações. Não poderia ficar preso em um setor do campo onde não apresentaria o meu melhor futebol''.

O jogador espera não enfrentar mais problemas com van Gaal e ter paz para continuar defendendo a equipe. O técnico reconheceu que Rivaldo fez um bom trabalho na Copa do Mundo.

``Durante a última temporada européia ele enfrentou problemas físicos e não rendeu o habitual. Na Copa, Rivaldo esteve determinado em campo. Também, segundo suas declarações, ele se comprometeu com o Barcelona e isso me deixou muito feliz'', disse van Gaal de acordo com o site oficial do Barcelona.

Rivaldo acredita que o mercado europeu vai se abrir mais para os jogadores brasileiros depois da conquista do pentacampeonato.

``Os clubes vão novamente observar com mais atenção os torneios do Brasil. Acho que vários jogadores do nosso país serão contratados por equipes da Europa nos próximos anos'', comentou Rivaldo.


Dores
Rivaldo confirmou que recebeu uma injeção do antiinflamatório Voltaren para suportar as dores no tornozelo durante o segundo tempo da partida contra a Alemanha, na final da Copa do Mundo de 2002, vencida pelo Brasil por 2 x 0.

``Eu fiz uma bota de esparadrapo para deixar o tornozelo mais firme, mas só isso não seria o suficiente. Recebi uma injeção de Voltaren, com a aprovação do médico (da seleção brasileira) José Luiz Runco para aguentar a dor. É uma solução normal para diminuir a dor'', disse Rivaldo.

Antes da Copa do Mundo, Rivaldo sofreu para se recuperar de problemas no joelho. O meia-atacante da seleção esteve ameaçado até mesmo de não participar da Copa do Mundo por culpa das contusões.

"Hoje estou totalmente recuperado. Muitas pessoas não acreditavam mais em mim. Mas provei na Copa que estou em condições de jogar. Dei a volta por cima e espero ser lembrado por isso", comentou.

Leia mais: Copa do Mundo-2002
 

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