Reuters
12/07/2002 - 12h00

MAB-SP exibe arte milenar e contemporânea da China em agosto

da Reuters, em São Paulo

Os chineses vão invadir São Paulo no segundo semestre, quando a cidade receberá duas grandes exposições: a primeira em agosto, no Museu de Arte Brasileira da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) e a outra em outubro no pavilhão conhecido como Oca, no Parque Ibirapuera.

Com início em 18 de agosto, a mostra "China: Arte Imperial, Arte do Cotidiano, Arte Contemporânea" será dividida nesses três núcleos, com peças do Museu Guimet, da França, do Museu de Xangai e de colecionadores.

Além das peças artísticas, haverá também um desfile de 25 modelos de Pequim usando trajes típicos de cinco dinastias, além de uma demonstração de Kung Fu, a arte marcial chinesa.

A trajetória da exposição começa no ano 5000 a.C., com os oleiros do período neolítico - um conjunto de obras de cerâmica vermelha. A mostra segue até uma sala especial com 12 pinturas do artista plástico Chang Dai-Chen, considerado o "Picasso chinês", morto em 1983.

No meio do caminho, 800 trabalhos retratam o estilo de vida dos chineses, do mandarim ao camponês, da medicina às crenças e tradições.

Aqui poderão ser encontrados retratos do ditador Mao Tsé Tung feitos em diferentes materiais e formas, como bordados, bustos, pratos e cartazes pintados por artistas clássicos.

Os livros antigos de prescrições secretas da medicina chinesa e desenhos do corpo humano segundo acreditavam os médicos são outras curiosidades.

Depois das cerâmicas vermelhas, o visitante poderá conferir as peças de bronze que, juntamente com o domínio de sua técnica, trouxeram aos chineses armas e utensílios necessários para afirmação do poder nas três primeiras dinastias - Xia, Shang e Zhou.

Entre 618 e 907, o império chinês se abriu para as influências do Ocidente, se estendendo ao longo da rota da seda, principal eixo econômico da época. Aqui, os cavalos são usados como o mote das principais criações artísticas, principalmente de esculturas.

Taças, copos, tigelas, chaleiras e as famosas cerâmicas azul-e-branco prosseguem a narrativa até meados de 1600 em mais outros dois módulos da Arte Imperial. No total, cerca de 110 peças provenientes da França e de Portugal englobam esse primeiro núcleo.

No terceiro, de Arte Contemporânea, 93 obras cobrem o período da vanguarda chinesa, que começa 1985 depois do fim da Revolução Cultural e com a morte de Mao Zedong até os dias de hoje.

O grande destaque da exposição "Cavaleiros do Xi'an e a Arte Milenar", a partir de 29 de outubro na Oca, são os 11 guerreiros em terracota (argila) pertencentes ao exército encontrado na tumba de Qin Shihuangdi.

Considerado o primeiro imperador chinês, Qin Shihuangdi chegou ao poder em 246 a.C., unificou o país e impôs moeda e escrita únicas. Em 1974 foi descoberto o exército de mais de sete mil peças, entre elas os guerreiros em tamanho natural.

Outras vinte obras desenterradas no ano passado também integram a mostra, assim como cerâmicas de 7 mil anos antes de Cristo e bronzes arcaicos. Também foi montado um núcleo com 140 trabalhos da última dinastia chinesa, como tronos, roupas, quadros, enfeites e colares.

 

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