Saiba mais sobre o novo líder anglicano
da Reuters, em LondresRowan Williams, nomeado hoje o 104º arcebispo de Canterbury, qualificou de "moralmente corrompido" o conflito no Afeganistão e disse que qualquer invasão norte-americana do Iraque seria "imoral e ilegal".
Sobre questões sociais, o líder espiritual dos 70 milhões de anglicanos do mundo é igualmente claro -ele se mostra favorável à ordenação de clérigos homossexuais e deseja que mulheres tornem-se bispas.
Williams está pronto até mesmo a pisar em um terreno minado. Assessores dele disseram que o novo líder anglicano planeja permitir que o príncipe Charles e a namorada dele, Camilla Parker Bowles, ambos divorciados, casem-se na igreja.
E, ao contrário do que acontece com outros religiosos, Williams estaria ansioso para cortar os laços entre o Estado e a igreja no Reino Unido, onde os clérigos anglicanos juram fidelidade à coroa.
Em seu viés menos sério, o religioso barbado que parece um Moisés saído de um filme de Cecil B. DeMille, é apaixonado pelo desenho dos Simpsons, que considera "uma das peças de propaganda mais sutis na causa da sensatez, humildade e virtude".
Nascido no País de Gales em 1950, Williams tornou-se o professor de teologia mais novo da Universidade Oxford, aos 36 anos de idade. Em 1992, conquistou o cargo de bispo de Monmouth. Oito anos depois, foi escolhido arcebispo de Gales.
Ele é o primeiro arcebispo de Canterbury a vir de fora da Inglaterra desde a criação da Igreja Anglicana, no século 16.
Um filósofo respeitado que fala sete línguas, o novo líder anglicano não tem medo de expor suas opiniões, criticando líderes ocidentais, por exemplo, devido ao fracasso "vergonhoso" deles na definição dos objetivos e limites da chamada "guerra contra o terrorismo".
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