Reuters
28/05/2001 - 11h49

Trama lança Daniel Carlomagno com CD pop e intelectualizado

da Reuters, em São Paulo

Daniel Carlomagno é o mais novo artista-revelação da gravadora Trama e deverá deixar o anonimato em breve, quando seu disco de estréia, que leva seu nome, entrar para o hall da nova MPB.

Há vários anos trabalhando como produtor musical, e como compositor e instrumentista dos Artistas Reunidos - Jairzinho, João Marcelo Bôscoli, Max de Castro, Simoninha e Luciana Mello -, a música de Carlomagno deverá agradar aos mais intelectualizados, assim como a seus colegas.

Em seu primeiro álbum solo, Carlomagno não se prende a um estilo, misturando baião com música eletrônica e balada com samba.

O artista produziu a maior parte do disco no estúdio em sua casa na Serra da Cantareira, em São Paulo, e tocou baixo, piano, guitarras, violões, além de compor todas as letras e os arranjos das faixas.

"Tive muita liberdade para buscar no disco o resultado que eu queria. É melhor quando você faz tudo sozinho, porque o som sai exatamente do jeito como você imagina", disse Carlomagno.

"Minha prioridade é a composição. O resto é apenas uma ferramenta para expressar sentimentos, experiências e inspirações. A composição é o fundamental para mim e por isso não me limito a um único estilo musical", acrescentou ele.

Carlomagno, um autodidata em música, tem influências dos mais variados nomes, de Led Zeppelin a Stevie Wonder. E ele espera conquistar o público com seu novo disco, alegando que sua obra tem um apelo pop.

"A composição é o que fala com as pessoas e sou extremamente ligado na composição. É o que estabelece um elo com o público e acho que a minha música tem muito isso", diz.

O CD conta ainda com a participação do rapper Xis e, segundo Carlomagno, a parceria aconteceu por acaso. "Nos encontramos no estúdio e ele gostou de uma das minhas bases. Então o convidei para fazer uma música comigo e ficou muito legal", contou o artista.

Carlomagno decidiu sair da sombra dos estúdios para o lançamento de um disco próprio depois de ter sido convidado para participar de shows com seus amigos e ter sido bem recepcionado pelo público.

"Tudo começou numa rodinha com os Artistas Reunidos. As pessoas comentavam que eu cantava bem e que eu deveria tentar alguma coisa. Com os shows, pude ver que as pessoas de fato gostavam da minha música e isso me encorajou a gravar o disco", contou ele.

"Fazer shows é essencial para quem está começando na carreira musical, porque dá um termômetro de como é o público, além de estabelecer um contato com esse público. O lance é fazer shows, não importa onde", conclui o estreante.
 

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