Venezuelanos protestam contra mortes em marcha de 11 de abril
da Reuters, em CaracasGritando "justiça, justiça" e carregando bexigas pretas, parentes de 18 venezuelanos mortos na marcha anti-governamental de 11 de abril em Caracas protestaram hoje na cidade, pedindo que os assassinos fossem julgados.
Apesar de o pedido da oposição por uma grande manifestação, apenas cem pessoas reuniram-se ao redor do prédio da Suprema Corte, que foi fortemente protegido pela polícia.
Mais de três meses depois das mortes ocorridas durante a marcha, que resultaram em um breve golpe militar, retirando o presidente Hugo Chávez do poder por alguns dias, parentes das vítimas continuam furiosos com a falta de resultados das investigações oficiais. "Nós queremos justiça", disse Mohamad Mechi, cujo filho Jesus estava entre as vítimas.
Opositores de Chávez o acusam de ordenar o massacre de 11 de abril, quando policiais abriram fogo contra a multidão, matando 18 pessoas e deixando mais de cem feridas.
O presidente, que voltou ao poder com a ajuda de tropas locais no dia 14 de abril, nega a responsabilidade no incidente. Ele acusa atiradores da oposição, incluindo policiais anti-Chávez, de iniciar o tiroteio.
Parentes dos mortos e opositores políticos entraram com apelos na Suprema Corte do país pedindo o impeachment de Chávez por suposta cumplicidade nos assassinatos de 11 de abril.
Quatro suspeitos, todos conhecidos como militantes pró-Chávez ou funcionários do governo, foram presos depois que imagens de televisão mostraram os quatro disparando suas armas de uma ponte durante a marcha.
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