Reuters
25/07/2002 - 23h31

Mulheres colombianas protestam e exigem fim da guerrilha

da Reuters, em Bogotá

Aos gritos de "Não damos à luz para mandar nossos filhos para a guerra", milhares de colombianas vestidas de preto marcharam hoje pelas ruas da capital Bogotá para exigir uma negociação que ponha fim à guerra de guerrilha que divide o país há 38 anos.

As mulheres caminharam até o Palácio Presidencial para pedir ao governo que resolva o conflito, que tira milhares de vidas todos os anos.

"Nós somos as que mais sofrem. Eles levam nossos filhos e maridos. Se eles morrem, eles ficam em paz, mas nós ficamos com a dor e o sofrimento", disse Mariluz Melendez, 43, mãe de três garotos na Província de Choco.

O protesto, que interrompeu o trânsito por várias horas em algumas partes da capital, foi incomum em um país ainda machista. Índias marcharam ao lado de "cosmopolitas", algumas carregando fotos de colombianos mortos nos conflitos.

As conversas de paz entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) - o maior grupo rebelde do país, com 17 mil integrantes - foram interrompidas em fevereiro. O presidente eleito Alvaro Uribe, que assume o cargo no dia 7 de agosto, pretende aumentar o orçamento do Exército para enfrentar os rebeldes.

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