Reuters
05/08/2002 - 11h20

Antraz na Antártica era falso alarme, dizem cientistas

da Reuters, em Wellington

Cientistas neozelandeses descartaram a hipótese de que haja esporos de antraz na tenda usada 90 anos atrás pelo explorador britânico Robert Scott na Antártica. A informação foi divulgada hoje pelo Fundo da Herança Antártica da Nova Zelândia.

Os testes iniciais, no mês passado, sugeriram a presença dos esporos na cabana usada por Scott no cabo Evans. Mas exames seguintes não puderam isolar o antraz, e por isso a bióloga Roberta Farell, da Universidade Waikato, considera "desprezíveis" as chances de comprovar sua existência.

As amostras suspeitas foram retiradas do estábulo onde ficaram os pôneis e mulas levadas por Scott em sua frustrada tentativa de ser o primeiro a chegar ao Pólo Sul -ele perdeu a corrida para o norueguês Roald Amundsen e morreu no caminho de volta.

A cabana fica perto de duas bases científicas, e já foi reaberta para uso. Em fevereiro, a princesa britânica Anne entrou na cabana, a 1.500 quilômetros do pólo, para ajudar a divulgar a campanha pela sua restauração.

O Fundo da Herança Antártica prometeu continuar monitorando o local para avaliar os riscos das visitas a ele caso novos exames apresentem resultados diferentes.

O antraz, uma doença bacteriana, é transmitido por esporos que podem contaminar o solo e passar de outros animais para o homem. Bois, ovelhas e cabras são os rebanhos mais suscetíveis à doença.

A bactéria também pode ser usada em armas químicas. No ano passado, cinco pessoas morreram nos Estados Unidos após entrar em contato com o antraz, enviado por cartas. As investigações apontaram para terrorismo interno.


Leia mais sobre o antraz:
  • Como é a contaminação

  • Diferença entre contaminação e exposição

  • O que é o antraz

  • Doença é conhecida desde a era bíblica

  •  

    FolhaShop

    Digite produto
    ou marca