Reuters
06/08/2002 - 18h02

Congresso dos EUA alerta sobre exportação de supercomputadores

da Reuters, em Washington (EUA)

A Casa Branca deveria ter conduzido uma revisão mais completa antes de permitir que empresas norte-americanas de tecnologia vendessem computadores poderosos para a Rússia, China, Índia e países do Oriente Médio, de acordo com um relatório do Congresso.

O governo Bush confiou demais nas opiniões dos fabricantes de computadores e não considerou devidamente as questões de segurança nacional, quando relaxou as restrições, adotadas na era da Guerra Fria, para a exportação de supercomputadores, em janeiro do ano passado, afirma o relatório.

Segundo o documento, a venda dos equipamentos permitiu que "países preocupantes" ganhem facilidade para o desenvolvimento de armas nucleares avançadas, aviões e outros equipamentos bélicos.

Os parlamentares norte-americanos talvez precisem interferir a fim de garantir que o governo pense sobre a questão de maneira mais aprofundada, disse o General Accounting Office, divisão investigativa do Congresso.

Os departamentos do Estado e do Comércio, envolvidos na revisão, discordam do relatório. O Departamento da Defesa alega que está revisando a questão.

O Senado aprovou um projeto de lei no ano passado que teria removido as restrições de exportação baseadas em critérios de velocidade, mas o Comitê das Forças Armadas na Câmara dos Deputados, cujas preocupações com a segurança nacional aumentaram muito depois de 11 de setembro, aprovou em março uma lei que voltaria a reforçar as restrições.

O governo dos Estados Unidos vem limitando, desde 1979, a venda de supercomputadores capazes de modelagem complexa em três dimensões, cálculo de dinâmica de fluidos e outras aplicações avançadas, em uma tentativa de retardar a difusão de armas nucleares.

Os fabricantes precisam obter licença do governo dos Estados Unidos antes de vender esse tipo de supercomputador para uma lista de nações que inclui o Paquistão, Israel e o Vietnã. Exportações aos aliados dos Estados Unidos, tais como Canadá, México e Europa Ocidental, não estão sujeitas à regra, e exportações a outros países, como Coréia do Norte, Iraque e Síria, estão proibidas.

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