Reuters
23/08/2002 - 12h54

Buraco na camada de ozônio vai aumentar em poucas semanas

da Reuters, em Genebra

A redução anual da camada de ozônio da Terra começou sobre a Antártica, mas o buraco irá aumentar nas próximas semanas, disse hoje a Organização Mundial de Meteorologia (WMO).

Em seu último relatório, a WMO afirmou que o tamanho do buraco da camada de ozônio sobre a Antártica era "normal para esse período do ano".

A redução começou enquanto delegados se preparam para discutir questões ambientais em Johannesburgo na próxima semana na Rio +10.

A camada de ozônio protege as pessoas de radiação e muitos cientistas culpam a emissão de elementos como o CFC (clorofluorcarbono) e outros gases por sua redução.

A agência da Organização das Nações Unidas (ONU) com sede em Genebra (Suíça) afirmou que uma segunda região com níveis muito baixos de ozônio apareceu perto do sul da América do Sul e se espalha sobre parte da Argentina.

"Como esperado, o buraco está novamente se formando sobre a Antártica. O buraco ainda é pequeno, mas se expandirá e se aprofundará entre as próximas quatro e seis semanas", informou a WMO.

A WMO disse no início deste mês que, como o sol nasce sobre a Antártica, espera-se que a perda de ozônio aconteça com uma intensa ligação com as condições climáticas na estratosfera, particularmente em setembro e outubro. Condições climáticas têm forte influência para aumentar e fazer o buraco permanecer.

Hoje, a organização disse que a medida de ozônio sobre a capital da Argentina, Buenos Aires, estava até 20% mais baixa do que as "normas anteriores ao surgimento do buraco de ozônio" baseadas em revisões de 1964 a 1976.

Medições do satélite indicaram que os padrões de ozônio sobre a ilha britânica de Georgia do Sul e no sul do oceano Atlântico estão 35% abaixo das normas estipuladas naquele período.

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