Reuters
05/09/2002 - 17h26

Jornais do mundo lamentam fracasso da Rio +10

da Reuters, em Londres

Poucos jornais tinham algo de positivo para dizer sobre a Rio +10. Eles a batizaram de a "cúpula da estagnação e da oportunidade perdida". Também falaram que ela foi uma prova de que "a era das cúpulas globais" havia acabado.

Se não estavam lamentando o tamanho exagerado ou a ineficiência de um encontro - que reuniu 45 mil representantes em Johannesburgo (África do Sul) para elaborar um plano de redução da pobreza e proteção do ambiente -, os jornais criticavam a indiferença do país mais poderoso do mundo - os Estados Unidos.

"A cúpula deixou mais resmungos do que sorrisos", escreveu o "Golf Today", diários dos Emirados Árabes Unidos. "O plano de ação de 65 páginas fica muito aquém das necessidades do mundo."

O jornal holandês "NRC Handelsblad" acrescentou: "Apesar de Johannesburgo ter resultado em um plano de ação, não há nada mais do que isso: uma declaração de intenções para deixar todo mundo confortável, uma promessa que pode ser quebrada sem maiores problemas."

O alemão "Sueddeutsche Zeitung" afirmou que o programa de ação acertado na Rio +10, repleto de "declarações vagas que não obrigam ninguém a nada", não era digno de seu nome.

Outras publicações disseram que as grandes proporções do encontro haviam provado que tais fóruns não eram uma forma eficiente de solucionar os problemas do mundo.

"A Organização das Nações Unidas (ONU) é ampla demais. Essas questões - ambiente, biodiversidade, suprimento de água - deveriam ser discutidas por agências com estruturas claras e cujo desempenho poderia ser mensurado", escreveu o diário francês "Le Monde".

O também francês "Libération" foi uma das muitas publicações que criticaram os EUA. A superpotência conseguiu impedir a fixação de metas globais para o aumento do uso de fontes de energia renováveis.

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