Pesquisas indicam empate técnico na reta final da eleição alemã
da Reuters, em BerlimA disputa pelo governo alemão, marcada por discussões sobre enchentes e ameaça de guerra, continua indefinida hoje, a quatro dias da eleição.
Na última pesquisa, divulgada pelo instituto Forsa, o chanceler (primeiro-ministro) Gerhard Schröder mantém uma vantagem de dois pontos percentuais sobre o Edmund Stoiber, da oposição, de 40% a 38%, respectivamente. A situação é de empate técnico, dentro da margem de erro de 2,5 pontos percentuais.
Já o instituto Allensbach mostra ligeira vantagem de Stoiber sobre os social-democratas: 37,3% a 37%.
O democrata-cristão Stoiber tenta usar o índice de desemprego de 9,6% (o maior da Europa) e os problemas econômicos para atingir Schröder. Este, por sua vez, ampliou sua popularidade por sua atuação nas enchentes de agosto e pela oposição à guerra dos Estados Unidos contra o Iraque.
"No final das contas, as pessoas se perguntam: 'Minha família está melhor que há quatro anos?", disse Stoiber ontem, repetindo um bordão que marcou a vitoriosa campanha do norte-americano Ronald Reagan contra Jimmy Carter, em 1980.
Coalizões
Os alemães não votam diretamente no cargo de primeiro-ministro, e sim nos partidos. Como nem social-democratas nem conservadores devem conseguir a maioria, ganha muita importância o terceiro e o quarto partidos mais votados.
O instituto Forsa, tradicionalmente ligado aos social-democratas, dá 7% aos Verdes (que já participam da coalizão) e 8% aos Democratas Livres. Na pesquisa Allensbach, os Verdes têm 7,2% e os Democratas Livres, 10,2%. Esses números demonstram um cenário estável nas últimas semanas.
"Acho que as pesquisas estão sendo usadas como ferramenta política", declarou o ministro das Relações Exteriores, Joschka Fischer, do Partido Verde. "Temos todas as chances de confirmar a coalizão Verde-Vermelha com os social-democratas no domingo."
Usando o distante Iraque como assunto eleitoral, Schröder apresentou como uma vitória diplomática pessoal o fato de Saddam Hussein admitir a volta dos inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) ao país.
Stoiber afirmou ontem que Schröder isolou a Alemanha ao se opor a um ataque ao Iraque.
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