Reuters
18/09/2002 - 15h14

Avanço tecnológico da Intel pode ser ameaça para seus parceiros

da Reuters, em São Francisco (EUA)

Trata-se de uma conquista de território de proporções microscópicas, com bilhões de dólares em jogo. A Intel, maior fabricante de semicondutores do mundo, vem promovendo uma estratégia que prevê conexões de alta velocidade em praticamente toda parte, ligando quase todos os aparelhos eletrônicos à internet e a outras redes sem obstáculos aparentes.

Mas alguns analistas vêem essa promessa —a ligação de computadores pessoais, organizadores pessoais, telefones celulares e outros aparelhos— como uma ameaça implícita aos rivais e aos fabricantes de semicondutores de menor porte.

A Intel, dizem eles, está dizendo aos seus colaboradores que devem reduzir o custo dessas tecnologias de comunicação e redes, e difundi-las ao máximo, ou assistir enquanto a Intel mesma o faz, colocando mais e mais dessas funções em seus processadores e placas, oferecendo preços mais baixos do que os que eles praticam.

"Eles (a Intel) precisam sustentar o preço médio de venda de seus microprocessadores e para isso precisam usar silício", disse Dan Scovel, analista da Needham & Co.

Especificamente, a fabricante de chips está pressionando vigorosamente por redes sem fio de alta velocidade, e pela chamada Gigabit Ethernet, um padrão de conexão para computadores muito mais rápido do que as redes locais (LAN) atuais.

Diante da maturidade do mercado de computadores pessoais nos Estados Unidos e na Europa, a Intel precisa proteger os preços de venda de seus microprocessadores e suas margens de lucros, dizem os analistas.

E está apostando que pode fazê-lo aproveitando a Lei de Moore, uma observação feita em 1965 por Gordon Moore, co-fundador da empresa, que prevê que o poder dos processadores é duplicado a cada 18 meses.

Isso promete transferir parcela maior das funções antes executadas por chips separados produzidos por rivais para os microprocessadores e chipsets —dispositivos que conectam o processador ao resto do computador— produzidos pela Intel.

"Eles nunca fizeram nada que não seja ajudar seu negócio básico", disse David Wu, analista da Wedbush Morgan Securities.


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