Reuters
03/10/2002 - 16h53

Bombardeio dos EUA matou 5 civis e deixou 11 feridos, diz Iraque

da Reuters, em Bagdá

Aviões norte-americanos e britânicos bombardearam hoje mais uma vez alvos no sul do Iraque. Segundo um porta-voz militar iraquiano, cinco civis morreram no ataque.

"Os aviões atacaram nossos civis e instalações de serviço na cidade de Nassiriya, deixando cinco mortos e 11 feridos", disse o porta-voz por meio de um comunicado transmitido pela Agência de Notícias Iraquiana (INA).

O Comando Central norte-americano em Tampa, na Flórida, disse que os aviões que patrulhavam uma zona de exclusão aérea no sul do Iraque atacaram um centro de defesa militar no sudeste de Bagdá e acrescentou que os aviões estavam respondendo a mísseis e artilharia antiaérea lançados contra eles.

Os aviões também lançaram folhetos na área, disse o Pentágono. A mensagem trazida nos folhetos dizia: "Nenhum ataque ou rastreamento contra esses aviões será tolerado. Você poderá ser o próximo".

A mensagem tinha um desenho de um avião de guerra disparando mísseis em um radar e em uma bateria antiaérea no solo.

O porta-voz militar iraquiano disse que instalações civis foram atingidas.

Um porta-voz do Pentágono disse que o alvo era um centro militar de comunicações para vigilância de radar e base de mísseis antiaéreos na zona de exclusão aérea ao sul do Iraque.

O secretário de Defesa norte-americano, Donald Rumsfeld, disse a repórteres na semana passada ter ordenado às aeronaves norte-americanas o ataque de alvos de Defesa Aérea mais "fixos", tais como prédios e centros de controle e comando, em resposta a tentativas de abater os jatos.

Este ano, houve 46 ataques de aviões britânicas e norte-americanas que patrulham duas zonas de exclusão aérea no sul e no norte do Iraque.

A frequência desses ataques aéreos variou na última década, mas aumentou nos últimos meses, com as especulações sobre uma invasão ao Iraque para derrubar o presidente Saddam Hussein.

O Iraque não reconhece as zonas de exclusão aérea, que foram criadas depois da Guerra do Golfo, em 1991, para proteger um enclave curdo ao norte e muçulmanos xiitas ao sul do país de possíveis ataques iraquianos.

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