Reuters
09/10/2002 - 21h26

Aumenta tensão na Venezuela na véspera de marcha anti-Chávez

da Reuters, em Caracas (Venezuela)

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e seus oponentes trocaram insultos e acusações hoje, enquanto o país, politicamente dividido, se prepara para uma marcha contra o governo. A manifestação será realizada amanhã na capital, Caracas, e os dois lados advertiram que pode acabar em violência.

Seis meses após um golpe político, que tirou brevemente Chávez do poder em abril, o antagonismo entre seu governo e a oposição aumentou de novo no país, que é o quinto maior exportador mundial de petróleo.

Antes da manifestação, organizada para pedir a antecipação das eleições presidenciais venezuelanas, soldados reforçaram a segurança em Caracas, mobilizando tanques para proteger o palácio presidencial e locais militares estratégicos.

Os tanques foram mantidos dentro das instalações, mas tropas da Guarda Nacional patrulhavam as ruas e um clima de expectativa tenso pairava na capital.

Oficiais militares anti-Chávez, afastados de seus deveres ativos e sob investigação por suposta participação no golpe de abril, condenaram as últimas medidas de segurança.

Chávez, eleito em 1998, acusou hoje seus adversários civis e militares de planejar outro golpe contra ele.

"Eles não devem pensar que por trás da marcha conseguirão realizar um golpe de Estado. Não. O povo e as forças armadas estão em estado de alerta", disse Chávez em um discurso a oficiais militares aposentados. Ele acrescentou que "uma oligarquia fascista e formuladora de golpes" ainda está tentando tirá-lo do poder.

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