Presidente da Venezuela descarta ameaça de greve geral
da Reuters, em CaracasO presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que enfrenta intensa oposição, descartou neste sábado ameaças de opositores que desejam convocar uma greve nacional com o objetivo de forçá-lo a deixar o poder depois de o presidente ter sobrevivido a um golpe há apenas seis meses.
Líderes da oposição, que acusam Chávez de tentar instalar na Venezuela, o quinto país maior produtor de petróleo do mundo, um governo ao estilo do comunista de Cuba, ameaçam organizar uma greve com início previsto para 21 de outubro, se o presidente não entregar o cargo ou convocar novas eleições.
No entanto, Chávez, que teve o governo brevemente tomado por rebeldes militares em abril, disse que qualquer tentativa de greve não obteria sucesso. O presidente venezuelano considera que seus opositores formam uma aliança desarticulada, enfraquecida ainda mais por disputas internas.
"É uma falsa greve. Jamais conseguiriam parar o país. Nem com todo o dinheiro que estão gastando... não com ameaças, eles não vão parar o país", disse Chávez durante pronunciamento semanal em rede nacional de televisão.
Seis meses depois do golpe que, de 11 a 14 de abril, Chávez se encontra num impasse diante de seus opositores, uma aliança ainda desorganizada formada por partidos políticos, sindicatos e militares dissidentes.
Rumores de golpes e brigas entre a oposição e seguidores de Chávez têm mantido a nação inquieta desde que mais de 60 pessoas morreram no golpe relâmpago em abril.
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