Reuters
14/10/2002 - 15h48

Tempestades matam três no Chile e aumentam temor por El Niño

da Reuters, em Santiago

Três chilenos morreram e cerca de 800 foram obrigados a deixar suas casas por causa das violentas tempestades durante o fim de semana, vistas como um prelúdio da devastadora anomalia climática El Niño, disseram autoridades hoje.

Cerca de 3.000 casas foram danificadas com as chuvas, que provocaram enchentes e deslizamentos de terra em áreas rurais no sul do Chile, disse uma autoridade de emergência do governo.

Uma garota de nove anos morreu afogada depois de cair em um canal com sua mãe, que está desaparecida, disseram autoridades. Outra mulher morreu em um deslizamento de terra, e a terceira vítima foi um fazendeiro que morreu enquanto tentava salvar seus animais.

O governo determinou fundos especiais para suprimentos de emergência para serem enviados à região.

O Chile sofreu com chuvas pesadas e incomuns neste ano. Em junho, a capital Santiago foi atingida por suas piores enchentes em cem anos.

Especialistas dizem que a nação sul-americana, que depende fortemente da pesca, silvicultura e mineração, espera um retorno do devastador fenômeno do El Niño, que em 1997 provocou grandes danos.

O El Niño é um aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico que ocorre a pequenos intervalos, trazendo seca ao leste da Austrália e fortes chuvas ao oeste da América Latina. Sua última aparição, em 1997-1998, causou cerca de 24 mil mortes e US$ 34 bilhões em prejuízos em todo o mundo.

 

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