Reuters
14/10/2002 - 17h44

Cibercrime custa bilhões de dólares ao ano, diz assessor de Bush

da Reuters, em Londres (Reino Unido)

O cibercrime está custando bilhões de dólares ao ano à economia mundial e está em ascensão, disse um assessor de segurança na computação do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

"Temos muita preocupação hoje com armas de destruição em massa, mas precisamos estar conscientes quanto à proliferação de armas de perturbação em massa do ciberespaço", disse Howard Schmidt.

Para ele, os criminosos variam de terroristas a hackers de fundo de quintal para os quais não existem fronteiras. "O cibercrime custa bilhões de dólares ao ano, disse Schmidt. "Quanto mais dependemos do sistema, quanto mais usamos o sistema, mais eles o explorarão".

Schmidt, ex-vice presidente de segurança na Microsoft, está em Londres para uma conferência sobre segurança de computadores. "O que nos preocupa é reduzir a vulnerabilidade, quer a ameaça venha do Oriente Médio ou do Meio-Oeste norte-americano", disse ele.

Do "Bugbear" ao "Code Red", as comunicações via internet vêm sendo perturbadas por vírus que causam enorme confusão instantaneamente.

O "Anna Kournikova", por exemplo, foi desenvolvido por um holandês de 20 anos e espalhou-se a centenas de milhares de computadores por e-mail. O falso e-mail continha um anexo identificado como uma foto da estrela russa do tênis. Quando o anexo era aberto, o vírus replicava-se, retardando os sistemas de e-mail e causando a interrupção das atividades de alguns servidores.

Jan Dewit, que vive na cidade holandesa de Sneek, está preso depois de se entregar e admitir ser responsável pelo vírus.

Já o "Love Bug" foi detectado inicialmente na Ásia, em 4 de abril de 2000. As estimativas da época alegavam que o mais destrutivo "worm" já lançado contra os computadores do mundo causou danos de bilhões de dólares. Na linha de assunto da mensagem do e-mail que o carregava, estava escrito "I love you".

As vítimas desprevenidas, entre as quais trabalhadores do Pentágono e da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), em Washington, e funcionários do Parlamento britânico ajudaram a espalhar inadvertidamente o vírus ao abrirem as mensagens. O vírus forçou os administradores de rede a paralisar servidores de e-mail.

A autoria foi atribuída a Reonel Ramones, 27, um filipino. Mas o processo contra ele foi abandonado pelas autoridades das Filipinas.

Schmidt, vice-presidente do Conselho de Proteção à Infra-Estrutura Essencial criado pelo presidente Bush, insiste que a luta contra os hackers não é "uma batalha perdida, mas um cabo-de-guerra permanente".


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