Reuters
15/10/2002 - 08h13

Italiano mata sete e depois comete suicídio

da Reuters, em Chieri

Na mais recente matança envolvendo familiares ou crianças na Itália, um homem matou sete pessoas hoje com três armas diferentes antes de se suicidar.

Foi o terceiro episódio de violência doméstica na Itália em menos de 24 horas, deixando um total de 12 mortos e dois feridos graves.

Os assassinatos aconteceram na tranquila comunidade de Chieri, em uma região montanhosa das proximidades de Turim (norte).

Segundo dados preliminares, o atirador, Mauro Antonello, 40, usou várias armas para matar a mulher, de quem estava separado, a mãe dela, um cunhado, a mulher desse cunhado e três vizinhos.

Antonello, um colecionador de armas, se matou depois de cometer os assassinatos. Inicialmente, informou-se que ele seria segurança, mas, mais tarde, ficou-se sabendo que o italiano era funcionário de uma construtora.

As armas eram um revólver, uma pistola semi-automática e uma submetralhadora. Antonello possuía porte para todas elas.



A violência de hoje foi o episódio mais recente a acontecer em pequenas comunidades da Itália para as quais famílias mudam-se a fim de fugir do crime nas grandes cidades.

Vizinhos afirmaram que os disparos começaram a ser dados às 8h45 (3h45 em Brasília) e, em dez minutos, oito pessoas estavam no chão.

Menos de 24 horas antes, em Reggio Emilia (área central da Itália), um policial aposentado matou a mulher e a filha, feriu o namorado da filha e depois atirou contra si mesmo. Renzo Finamore, cujo hobby era fazer vídeos, gravou tudo com sua câmera. O homem e o namorado da filha estão em estado grave.

Quase na mesma hora dos assassinatos de Chieri, a polícia encontrou o corpo de Antonio Schiliro, 51, e da mulher dele, 49, em um apartamento de Roma (capital).

Segundo a polícia, Schiliro matou a mulher e depois se suicidou, aparentemente por causa de uma discussão envolvendo um filho de um relacionamento anterior.

Washington
Hoje, a polícia dos Estados Unidos confirmou que a mulher de 47 anos assassinada ontem à noite em um centro comercial de Falls Church, no condado de Fairfax (Virgínia), foi a nona vítima fatal do franco-atirador que aterroriza a região de Washington desde o dia 2 de outubro. Com essa morte, o total de vítimas do atirador soma 11 pessoas (nove mortos e dois feridos).

O chefe de polícia de Falls Church, Tom Manger, disse que a análise da munição utilizada para o homicídio de Linda Franklin, 47, permite vincular este assassinato com os oito realizados pelo misterioso assassino.

Linda Franklin foi morta às 21h20 (horário local) em uma área conhecida como Seven Corners, a 15 km a oeste da capital norte-americana, na encruzilhada das rodovias 50 e 7, disse Julie Hersey, porta-voz da polícia do condado de Fairfax.

Segundo a polícia, a mulher foi baleada na cabeça no estacionamento de uma loja da rede Home Depot.

O atirador disparou uma só bala em cada uma de suas vítimas, o que leva investigadores a pensar que a pessoa pode ter recebido treinamento militar de atirador de elite.

Um rifle de alta velocidade, cálculos frios e fugas rápidas -possivelmente em uma caminhonete branca- são a assinatura do atirador, que continua foragido

O assassino em série também demonstrou uma grande habilidade para fugir da polícia porque dispara contra suas vítimas de muito longe e escapa sem deixar pistas.

A polícia ainda não divulgou detalhes sobre suspeitos. Mas no sábado (12) as autoridades divulgaram o "retrato falado" de um caminhão que, segundo testemunhas, foi visto em mais de um dos quatro locais de atentados no dia 3 de outubro, no condado de Montgomery. Os policiais também investigam uma van Chevrolet vista na sexta-feira (11).

A única pista deixada pelo atirador foi uma carta de tarô, a da morte, no local do primeiro disparo, com a mensagem "Caro policial: Eu sou Deus" escrita no verso.

Com agências internacionais


 

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