Reuters
17/10/2002 - 23h27

Soldados mantêm ofensiva contra guerrilheiros em Medellín

da Reuters, em Medellín (Colômbia)

Cerca de mil soldados e policiais, armados com fuzis, granadas e helicópteros, reiniciaram hoje os ataques militares contra comandos guerrilheiros urbanos em Medellín, terceira cidade mais populosa da Colômbia. A ofensiva acontece um dia após violentos confrontos no subúrbio da cidade, que deixaram 14 mortos.

A segunda fase da chamada "Operação Orión", ordenada pelo presidente Álvaro Uribe, acontece depois da explosão de um veículo carregado com 40 quilos de explosivos em pleno centro de Medellín, que causou destruição em vários edifícios, mas sem deixar nenhuma vítima.

A polícia disse que o ataque, atribuído a guerrilheiros de esquerda, aconteceu em represália pela ofensiva que começou ontem em uma região pobre onde os rebeldes disputam o controle territorial com grupos paramilitares de extrema direita.

Um homem, que deixou um veículo abandonado e saiu correndo, morreu durante um combate com a polícia, minutos antes da explosão.

A explosão destruiu os vidros de vários edifícios do centro de Medellín, um importante pólo empresarial e industrial do país.

Horas depois da explosão do veículo, guerrilheiros lançaram três granadas de fabricação caseira que atingiram uma base militar de Medellín, sem deixar vítimas.

Zona de combate
A operação militar acontece na chamada Comuna 13, uma região pobre do oeste da capital do Departamento (Estado) de Antioquia, com 250 mil habitantes, que diariamente ficam presos entre o fogo cruzado entre os comandos da guerrilha e dos paramilitares.

Os combates, considerados os mais intensos em zona urbana em meio ao conflito interno que já dura 38 anos, deixaram quatro militares e 10 rebeldes mortos, além de 18 pessoas feridas, disseram as autoridades.

Atualmente algumas áreas de Medellín são controladas por comandos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional, ou por paramilitares, inimigos da guerrilha.

Uribe lamentou os combates e as mortes no que classificou como "uma loucura".

"Isso de dizer que há um pouco de guerrilheiros mortos não é uma boa notícia. O que o país precisa é superar esses fenômenos, temos que insistir em acabar com esses fatores de violência na Colômbia", disse o presidente colombiano.

Leia mais no especial Colômbia

Leia mais notícias de Mundo
 

FolhaShop

Digite produto
ou marca