Reuters
21/10/2002 - 16h49

Reino Unido reforça recomendação contra viagens à Indonésia

da Reuters, em Londres

O Reino Unido aumentou hoje suas recomendações contra viagens à Indonésia, depois de novas informações do serviço secreto sobre os atentados terroristas da semana passada em Bali.

O Departamento de Relações Exteriores listou uma série de localidades da capital Jacarta e cinco outros locais importantes onde os britânicos devem tomar cuidados redobrados. A Austrália, que teve o maior número de vítimas nos ataques, fez as mesmas recomendações.

"Considerando novas informações da inteligência recebidas esta manhã, estou reforçando as recomendações de viagem com alertas adicionais sobre as ameaças aos britânicos em locais específicos na Indonésia", disse ao Parlamento o secretário de Relações Exteriores, Jack Straw.
O Reino Unido salientou que a prisão do líder muçulmano Abu Bakar Bashir, detido na sexta-feira (18) pelas autoridades indonésias, pode ser motivo de novos ataques.

Os países vizinhos à Indonésia vinham há muito tempo acusando Bashir de ser o líder do grupo Jemaah Islamiah, ligado à Al Qaeda (a rede terrorista patrocinada pelo terrorista Osama Bin Laden) e considerado responsável pelos atentados na região.

"A prisão de Abu Bakar Bashir e a possível prisão de outros líderes extremistas pode levar a uma forte reação de seus seguidores contra interesses ocidentais e prédios governamentais da Indonésia", citou a recomendação do departamento de Relações Exteriores.

O governo britânico na última quinta-feira (17) pediu a seus cidadãos que deixem a Indonésia se puderem e que tenham o máximo cuidado caso precisem permanecer no país.

"A possibilidade de novos ataques não pode ser excluída". disse Straw.

O atentado em Bali deixou 11 britânicos mortos. Outros 22 continuam desaparecidos.

Straw está sendo pressionado a dizer se sabia da possibilidade de ataques em Bali.

Na quinta-feira (17), Straw disse que não tinha informações que indicassem a ocorrência do atentado, que deixou ao todo cerca de 180 mortos.

"Gostaria que tivesse havido informações para evitar essa atrocidade, mas infelizmente a resposta é de que não havia nenhum dado", disse, acrescentando que todas as informações de inteligência recebidas seriam entregues ao órgão controlador da segurança do Parlamento para averiguar se foram tomadas as medidas corretas.

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