Reuters
21/10/2002 - 18h01

AMD fecha acordo para usar seus chips em supercomputador nos EUA

da Reuters, em São Francisco (EUA)

Um supercomputador que será construído pelo Sandia National Laboratories e pela fabricante de computadores Cray vai usar uma nova geração de processadores da AMD.

A decisão do Sandia, instituto do governo norte-americano que desenvolve tecnologias de segurança nacional, e da Cray, empresa especializada na fabricação de supercomputadores, em usar processadores da AMD é uma vitória para a empresa.

A nova linha de processadores Opteron só deve ser lançada no ano que vem e a Intel já tem no mercado sua própria geração de processadores para servidores e supercomputadores, chamada Itanium.

"Este é um motivo para comemorar, mas de uma perspectiva de negócios não significa muito porque não são muitos os supercomputadores construídos por ano", afirmou o analista da Needham & Co Dan Scovel.

Batizado de Red Storm, o supercomputador vai custar cerca de US$ 90 milhões, afirmou uma fonte ligada ao caso. O Sandia, que faz pesquisa para o Departamento de Energia dos Estados Unidos, tem como meta fazer sua nova máquina chegar a 100 trilhões de operações por segundo. A AMD não quis comentar a informação.

O supercomputador terá tecnologia proprietária desenvolvida pela Cray, que é diferença em relação à maneira como os supercomputadores são projetos e construídos nos últimos anos. Em sua maioria, os supercomputadores dos Estados Unidos têm sido construídos com componentes padrões disponíveis para computadores comuns vendidos em lojas.

Depois de publicado no Wall Street Journal, a fonte disse que o anúncio deve ser feito pela empresa ainda hoje.

Opteron é a marca escolhida pela AMD para a nova versão de seus processadores para servidores, de codinome Hammer. A linha completa de processadores --para servidores, desktops e laptops-- é considerada por analistas como a melhor chance da AMD em retornar a uma paridade competitiva com a Intel, sua grande rival.

Entretanto, a AMD atrasou o lançamento de pelo menos um de seus chips Hammer. A introdução do Clawhammer, nome-código da versão para desktops, foi empurrada do quarto trimestre deste ano para a primeira metade de 2003.

Na semana passada a AMD anunciou que seu prejuízo trimestral mais que dobrou em relação ao ano passado. A empresa culpou fraca demanda do mercado de computadores pessoais. Analistas afirmaram que a companhia também sofreu com a dura competição de preços com a Intel.

Assim como o Itanium, o Hammer processa lotes de 64 bits de informação por vez, comparado com os pacotes de 32 bits processados por vez nos atuais chips Xeon e Pentium, da Intel, e Athlon e Duron, da AMD.

O Itanium, desenvolvido durante oito anos pela Intel em parceria com a Hewlett-Packard, foi projetado do zero para o processamento de 64 bits, enquanto a AMD fez modificações em sua tecnologia de 32 bits para que o Hammer alcançasse o poder de 64 bits.

"Nos sentimos muito confortáveis com nossa posição competitiva", afirmou o porta-voz da Intel Robert Manetta. Outros laboratórios do governo norte-americano já usam máquinas com processadores Itanium.


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