EUA serão o 10º maior parceiro comercial de Cuba
da Reuters, em HavanaOs Estados Unidos estão prestes a se tornar o 10º maior parceiro econômico de Cuba em 2002, menos de um ano depois de começar a vender produtos alimentícios para a ilha, apesar do embargo econômico norte-americano de 40 anos, segundo informações de um comunicado do governo cubano.
O último sumário estatístico de Cuba, que foi divulgado nesta segunda, combinado com as informações comerciais diplomáticas para 2002, indica que os Estados Unidos vão assumir a 10ª posição no ranking, que é do Brasil, entre os parceiros comerciais de Cuba este ano.
Grãos, cereais, carne e outros produtos alimentícios americanos exportados para Cuba somarão cerca de 160 milhões de dólares este ano, segundo informou o principal importador de Cuba, Alimport. O valor estava em US$ 97 milhões em agosto, segundo o Departamento de Comércio dos EUA.
Cuba começou a comprar os produtos agrícolas americanos em dezembro passado. A Itália é o nono parceiro comercial de Cuba, com mais de US$ 300 milhões de exportações em 2001. O Brasil estava em 10º, com US$ 167 milhões, e o Japão, em 11º, com US$ 110 milhões.
No entanto, o comércio brasileiro com Cuba deverá cair a menos de US$ 150 milhões este ano, enquanto o Japão deverá continuar na mesma margem, segundo os diplomatas destes países, abrindo o caminho para os EUA conquistarem a 10ª posição.
Embargo
"Os Estados Unidos se tornaram a maior fonte unitária de produtos agrícolas para Cuba, que subiu do último posto para figurar entre os 50 maiores mercados de exportação dos produtos agrícolas norte-americanos", afirmou John Kavulich, chefe do Conselho Econômico e de Comércio Estados Unidos-Cuba, com sede em Nova York.
Os negócios de Cuba em 2001 somaram US$ 6,4 bilhões, segundo o governo, dos quais mais de US$ 5 bilhões foram gastos com os dez maiores parceiros.
A agricultura norte-americana e outros interesses estão pressionando o afrouxamento de mais sanções de Washington ao governo do presidente Cubano, Fidel Castro, que prometeu aumentar a importação de alimentos americanos em 2003.
O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que apóia com veemência o embargo, prometeu vetar a criação de mecanismos que o enfraqueçam ainda mais.
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