EUA usaram gás sarin em testes no Havaí
da Reuters, em WashingtonO Exército dos Estados Unidos conduziu testes usando gás sarin em uma floresta do Havaí, em 1967, como parte de uma série de experimentos químicos e biológicos no mar e na terra, durante a Guerra Fria, de acordo com o Pentágono.
As unidades envolvidas nos testes, chamadas de "Red Oak, Fase 1", não foram identificadas. Não há indicação de que algum dano tenha sido causado aos soldados ou a civis.
Mas o Departamento de Defesa pediu que qualquer soldado envolvido na série de testes conduzidos de 1960 até os anos 1970 que tenha sofrido algum efeito colateral entre em contato com o Pentágono.
Os testes de abril e maio de 1967 foram realizados na reserva florestal de Alto Waiakea, no Havaí, e próximo ao forte Sherman, no Canal do Panamá.
Na fase do Panamá foi usada apenas uma simulação de agente nervoso, e não o sarin, que é um volátil e mortal agente nervoso que pode ser inalado ou absorvido pelos olhos e pela pele. Uma dose elevada do gás causa, em minutos, dificuldades de respiração, confusão e perturbação na visão -depois, coma e a morte.
Há muito pouca informação disponível sobre os efeitos a longo prazo de uma baixa exposição ao sarin. O Pentágono também divulgou hoje detalhes de outros quatro testes --rês no Canal do Panamá e outro em uma floresta não especificada-, mas disse que nenhum usou agentes mortais químicos ou biológicos.
Maior programa da Guerra Fria
Alguns dos testes usaram bactérias que, segundo informações recentes, podem causar infecções agudas no ouvido, no cérebro, nos pulmões, no trato urinário e em outros locais do corpo.
Os testes eram parte de um projeto militar do ex-secretário da Defesa Robert McNamara, de 1961. O estudo consistiu de 150 projetos.
Os Estados Unidos admitiram agora que conduziram um programa de testes na era da Guerra Fria com agentes químicos e germes no Pacífico e em solo americano, além de Reino Unido e Canadá.
Os testes com agentes nervosos como o sarin, soman, tabun e VX foram feitos de 1962 a 1973 em terra e no mar. Um número desconhecido de civis foi exposto a substâncias que simulavam agentes nervosos.
Foi descoberto, mais tarde, que algumas delas são perigosas. Mais de 5.500 membros das Forças Armadas dos EUA estiveram envolvidos nos testes. Até agora, mais de 50 veteranos preencheram formulários relatando sintomas que eles associam com os testes.
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