Reuters
31/10/2002 - 22h11

"Pequenos Espiões 2" é rodado com tecnologia de ponta

da Reuters, em Hollywood

Um diferencial de "Pequenos Espiões 2 - A Ilha dos Sonhos Perdidos", estréia dos cinemas brasileiros nesta sexta-feira, é o fato de ter sido filmado por Robert Rodriguez com as mais modernas câmeras digitais de alta definição adaptadas sob medida pelo próprio diretor.

Além de diretor e roteirista, Robert Rodriguez tem nada menos que 13 créditos pelo filme, que vão de co-produtor, cinegrafista e supervisor de efeitos visuais a compositor de três canções da trilha sonora.

A opção digital teria funcionado melhor no primeiro "Pequenos Espiões", centrado no apresentador de um programa de TV para crianças, Fegan Floop, e seu plano de criar robôs infantis assassinos.

Desta vez, os irmãos Carmen e Juni Cortez (Alexa Veja e Daryl Sabara), que no primeiro longa-metragem descobriram que seus pais são espiões, competem pela atenção do público com os esnobes irmãos espiões-mirins Gary e Gerti Giggles (Matt O'Leary e Emily Osment).

Rodriguez estraga uma ótima idéia inicial - um parque temático cujos brinquedos desafiam as leis da física - com uma trama sem sentido sobre a filha do presidente dos Estados Unidos (Taylor Momsen) que rouba uma engenhoca chamada Transmooker Device para chamar a atenção de seu pai.

Quando o aparelho desaparece num evento da OSS, Juni não consegue recuperá-lo. Seu pai, o espião Gregorio Cortez (Antonio Banderas), perde o cargo prometido de chefe da OSS para Donnagan (Mike Judge).

Mas a astuta irmã de Juni, Carmen, usa um mini-robô para espionar Donnagan e descobre que ele confiou a Gary e Gerti a responsabilidade de ir a uma ilha misteriosa para encontrar o Transmooker, supostamente capaz de destruir a vida na Terra.

A ação avança a todo vapor quando as crianças chegam à ilha, onde encontram um dos obstáculos mais inteligentes do filme: o Transmooker inutiliza todos os aparelhos eletrônicos, obrigando as pessoas a usar a cabeça em lugar da calculadora para fazer contas.

Eles encontram diversas criaturas estranhas, incluindo um dragão marinho com cabeças nas duas extremidades, mas o mais estranho de todos é o geneticista maluco Romero (Steve Buscemi), que quer criar minizoológicos para crianças com animais em miniatura.

Vega e Sabara têm bons momentos, mas parecem vergar um pouco sob o peso de ter que carregar uma parte tão grande da ação nos próprios ombros.

Seus pais se tornaram figuras tão secundárias que Antonio Banderas e Carla Gugino mal aparecem, exceto em alguns cenas um pouco cansadas ao lado de Ricardo Montalban e Holland Taylor, representando os avós dos pequenos espiões - que, naturalmente, são espiões veteranos.

 

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