Reuters
01/11/2002 - 11h34

Grupo que controla endereços da web aprova plano de reforma

da Reuters, em Washington (EUA)

Os diretores da organização que controla a concessão de domínios da internet votaram ontem pelo fim de eleições on-line que deveriam selecionar metade de seu conselho, optando em lugar disso por um processo de eleição com nomes indicados.

Os diretores da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann), votaram por 15 a 3 em sua reunião trimestral, realizada em Xangai, China, pela adoção de um plano abrangente de reforma que esperam resolver questões já antigas quanto à forma de funcionamento do grupo e sua representatividade.

Mas o novo esquema dificilmente vai agradar aos muitos críticos da Icann, que alegam isolar ainda mais defensores de direitos autorais, empresas de infra-estrutura da internet e outros membros próximos à Icann dos 550 milhões de usuários mundiais da internet.

Stuart Lynn, presidente da Icann, disse que a organização sem fins lucrativos sediada na Califórnia se concentrará em administrar o sistema de nomes de domínio da internet, que equipara os endereços numéricos da rede mundial de computadores aos nomes fáceis de lembrar que os internautas digitam na barra de endereços de seus programas de navegação.

"Trata-se de um importante passo no caminho da reestruturação da Icann e para torná-la mais eficiente", disse Lynn. "Não se trata mais de votações on-line."

Os usuários da internet continuarão podendo participar da organização reformulada, mas os lugares do conselho serão preenchidos por indicação de associações empresariais e técnicas e de um comitê especial de nomeação que incluirá alguns representantes públicos.

O novo plano também oferece papel maior aos governos nacionais, exigindo que a Icann solicite a participação deles em qualquer questão que possa afetar o interesse público.

De acordo com informações vindas de Xangai (China), críticos atacaram fortemente o plano em uma sessão aberta na quarta-feira.

Um ativista de uma organização sem fins lucrativos disse que pressionará para que o público usuário mantenha alguma influência nos processos da Icann. "Eu estaria mentindo se não dissesse que caímos de nove lugares (públicos) para zero, e é uma mudança assustadora", disse Rob Courtney, analista do Centro para Democracia e Tecnologia.

A Icann volta a se reunir em Amsterdã em dezembro para determinar como vai alterar sua forma operacional para o novo sistema. A entidade determinará então o destino dos cinco representantes públicos no conselho atual.

Leia mais notícias de Informática Online
 

FolhaShop

Digite produto
ou marca