Reuters
15/11/2002 - 12h36

Rush promete 3 horas de show com pirotecnia e muitos hits

da Reuters, em São Paulo

O trio canadense Rush desembarca no Brasil na próxima semana para três shows em Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. Depois de cinco anos fora de cena, o grupo de rock progressivo promete uma apresentação de três horas com os principais sucessos de seus quase 30 anos de carreira, como puderam conferir os mexicanos no início do mês passado.

Em outubro, na passagem da tour "Vapor Trails" por terras mexicanas, o trio descarregou três horas de música, iluminação a laser e pirotecnia no estádio Fóro del Sol, na Cidade do México, para 50 mil pessoas.

Em entrevista coletiva a jornalistas mexicanos às vésperas do show, o baixista e vocalista Geddy Lee disse: "Creio que foi um erro (ter deixado de passar pela Ásia, Europa e América Latina), mas era um sacrifício para que pudéssemos ficar mais tempo com as nossas famílias". O Rush está vindo ao Brasil pelo festival Kaiser Music.

A banda já vendeu mais de 35 milhões de álbuns no mundo todo e lançou recentemente o disco "Vapor Trails" depois de uma pausa de cinco anos por conta das tragédias que acometeram o baterista Neil Peart, que perdeu a mulher, vítima de câncer, e a filha, que morreu em um acidente de carro em 1997.

História

A banda começou quando o guitarrista Alex Lifeson e Geddy Lee, dois jovens de classe média do subúrbio de Toronto, no Canadá, resolveram montar uma banda só de covers por volta de 1968.

Somente em 1973, com a entrada do baterista John Rutsey, eles decidiram investir em composições próprias e gravar uma fita demo.

O rock de guitarras raivosas influenciado por Cream e, principalmente, por Led Zeppelin ganhou o nome de Rush e, em 1974, foi lançado o primeiro álbum homônimo pela gravadora independe Moon Records - mais tarde relançado pela Mercury Records.

A empreitada, porém, não recebeu boas críticas logo de início e o Rush precisou batalhar para perder o estigma de ser apenas uma cópia barata do Zeppelin.

Depois disso, John Rutsey saiu do Rush, que continuou seguindo carreira até encontrar Neil Peart.

Peart também assumiu parte das composições das letras, influenciado por ficção científica e fantasia, um contexto mais cerebral que aos poucos se tornou marca registrada da banda.

Com a formação novamente estabilizada e ao lado do produtor Terry Brown, o Rush começou de fato a crescer. Transitando pelo hard rock, pop e progressivo, as longas canções chamadas de suítes fizeram a popularidade do trio explodir com álbuns como "Farewell to Kings", de 1977, culminando com seu maior clássico: "Moving Pictures", de 1980.

Nos anos 1990 o grupo voltou a apostar num rock mais pesado, emplacando "Roll the Bones", de 1991, e "Counterparts", de 1993, nos primeiros lugares das paradas americanas.

Ao todo o Rush acumula cerca de 23 discos além de compilações e gravações ao vivo.

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