Reuters
21/11/2002 - 19h05

Diminui a subnutrição infantil no Iraque, diz Unicef

da Reuters, em Bagdá

Cerca de 1 milhão de crianças iraquianas ainda sofrem de subnutrição, mas as taxas caíram e este ano foram as melhores desde 1996. A mortalidade infantil também deve cair, disse hoje o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

"Não ficaríamos surpresos se as taxas de mortalidade infantil caírem, já que a subnutrição é um fator importante", disse Carel de Rooy, representante do Unicef para o Iraque.

De Rooy estava apresentando os resultados da pesquisa do Unicef no Iraque, onde 23 milhões de pessoas vivem sob as sanções econômicas impostas pelo Ocidente depois da Guerra do Golfo, em 1991, e enfrentam a ameaça de uma nova guerra.

É difícil avaliar o impacto das sanções nas mortes de crianças, disse De Rooy, mas as estatísticas da ONU mostram que em 1989, de cada mil nascidos vivos, 56 morriam antes de completar um ano. Em 1999, a taxa subiu para 131 mortes.

"Esse foi o maior aumento na mortalidade infantil no mundo na década passada", disse ele.

Mas, por causa da melhora no quadro de subnutrição, ele acredita que as taxas de mortalidade infantil detectadas numa nova pesquisa a ser feita em 2003 serão menores que 131.

Questionado sobre o impacto que um possível ataque norte-americano teria sobre a distribuição de comida e a situação sanitária do país, De Rooy disse: "O nível de vulnerabilidade hoje é pior do que era em 1991".

Apesar da melhora no índice de subnutrição, cerca de 1 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade são subnutridas -quase um quarto da população iraquiana dessa idade, disse De Rooy.

"Isso é inaceitável. É preciso fazer mais para encerrar o sofrimento de uma geração de crianças", disse ele.

A subnutrição aguda caiu para 4% em 2002. Ela havia chegado a 11% em 1996. O número de crianças abaixo do peso ideal, que era de 23% em 1996, caiu para 9%.

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