Reuters
25/11/2002 - 10h52

Sony faz acordo com Gradiente sobre marca PlayStation no Brasil

da Reuters

Gradiente e Sony praticamente encerraram esta semana uma disputa em torno da posse no Brasil da marca do console de videogame mais vendido do mundo, o PlayStation.

Segundo a Sony, os direitos sobre o termo "PlayStation" no Brasil serão seus entre dezembro deste ano e janeiro do ano que vem, quando a Gradiente deve finalmente assinar a transferência. A empresa assinou sua parte do acordo em 19 de novembro e não divulgou os termos financeiros.

Lançado em 1995, o console tem hoje mais de 60 milhões de unidades vendidas no mundo. No Brasil, ele chega por meio de importações legais e ilegais feitas por varejistas independentes da Sony no Brasil.

A dor de cabeça da Sony começou em 1991, quando a empresa Lismar Ltda, sediada em Recife, entrou com um pedido de registro da marca PlayStation junto ao Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) e recebeu autorização para usá-la em 1993.

A Lismar é especializada em parques de diversões eletrônicas em miniatura, como minimontanhas russas dentro de shoppings centers, que comercializava por meio do produto "Play Station", que passou a se chamar "Games Station" depois de vender a marca para a Gradiente em agosto de 1999, segundo afirmou uma representante da companhia.

A Gradiente comprou a marca da Lismar para lançar na época uma linha de computadores voltada para o entretenimeno doméstico chamada "Work and Play Station". Porém, com a manifestação da Sony no Brasil em adquirir sua própria marca, a Gradiente resolveu estudar o assunto e relançou sua linha de computadores com o nome "OZ Work & Play Solution", disse a fabricante nacional de eletrônicos em nota divulgada à imprensa na semana passada.

Segundo registros do Inpi, a Sony do Japão tentou reaver a marca, mas em 1995 teve seu pedido arquivado de forma definitiva pelo órgão. A Lismar também teria feito uma oferta de venda da marca para a Sony, mas as empresas não chegaram a um consenso.

Entre os motivos alegados pela Sony para não lançar oficialmente seu videogame mais famoso no Brasil está a pirataria no setor de CDs de software, que chega a 56%, segundo a Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), e a novela da marca do produto.

No Brasil, a Sony tem duas fábricas na Zona Franca de Manaus, uma de componentes para montagem de placas de produtos eletrônicos e outra que produz partes plásticas de produtos como televisores, DVDs, aparelhos de som e câmeras de vídeo.

Leia mais notícias de Informática Online
 

FolhaShop

Digite produto
ou marca