Reuters
26/11/2002 - 14h20

Ataques de 11/9 não reduziram imigração aos EUA, diz relatório

da Reuters, em Washington

As medidas de segurança desencadeadas com os ataques de 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, nas cercanias de Washington, não reduziram o fluxo de imigrantes para os Estados Unidos, segundo relatório divulgado hoje pelo Centro de Estudos da Imigração, entidade que defende a redução na chegada de estrangeiros aos EUA.

O relatório estima que 33,1 milhões de imigrantes legais e ilegais vivam atualmente no país, um aumento de 2 milhões desde o Censo de 2000.

A estimativa foi feita com base em uma pesquisa com 200 mil pessoas, feita em março passado pelo Departamento do Censo. Os dados já foram divulgados no site do censo, mas ainda sem análises ou cruzamentos.

"Muitos norte-americanos têm a impressão equivocada de que a retração econômica e os atentados terroristas do ano passado reduziram drasticamente a imigração. Esses novos dados mostram que pelo menos até agora esse não é o caso", disse Steven Camarota, autor do relatório.

"A imigração legal e ilegal não tem ligação com as condições econômicas nos Estados Unidos, porque a vida continua muito melhor aqui do que na maioria dos lugares de onde parte a emigração", afirmou.

Camarota disse que, apesar da evidente falta de dados oficiais sobre a imigração ilegal, há um consenso entre os vários grupos que estudam o assunto de que há 8,5 milhões de pessoas nessa situação nos EUA.

Segundo o relatório, os imigrantes são hoje 11,5% da população do país, o número mais alto em 70 anos. Se a tendência atual for mantida, até o final desta década será superado o recorde de 14,8% de imigrantes, registrado em 1890.

Estima-se que por ano desembarquem nos EUA 1,5 milhão de imigrantes. Além disso, as mulheres estrangeiras dão à luz 750 mil crianças anualmente. Juntos, esses números correspondem a dois terços do crescimento populacional dos Estados Unidos.

Quase um terço do total de imigrantes vem do México. Em seguida aparecem a China, com 4,5% do total, as Filipinas e a Índia.

Camarota disse que a imigração está provocando problemas sociais, pois grande parte dos estrangeiros não tem acesso à saúde pública e à previdência social. Por outro lado, as famílias de imigrantes usam mais os programas de ajuda social do que os nativos.

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