Empresas de internet apostam na retomada da publicidade on-line
da Reuters, em Londres (Reino Unido)Prejudicadas por uma queda na economia mundial e pela depressão no mercado publicitário, muitas das grandes empresas de internet disseram que redobrariam seus esforços para convencer clientes relutantes a comprar publicidade on-line.
A divisão britânica do IAB (Interactive Advertising Bureau's) --uma organização setorial que abarca mais de 80 grupos de mídia na internet, entre os quais Yahoo, o provedor MSN, da Microsoft e Freeserve -- mostrou ontem uma nova campanha de informação que tem por objetivo transformar o setor de publicidade on-line no Reino Unido em um negócio de US$ 475 milhões anuais, até 2004.
O grupo enfrenta uma tarefa complexa. O crescimento na publicidade on-line, que continua a ser a base de faturamento de muitos empreendimentos na internet, caiu consideravelmente desde que a bolha do setor estourou, e isso afastou os mais ativos anunciantes do setor.
Nos últimos 12 meses o IAB do Reino Unido triplicou seu orçamento para perto de um US$ 1,57 milhão. A organização planeja agora uma nova onda de esforços de marketing para educar as agências de publicidade e os anunciantes sobre como a mídia pode ajudar as empresas a vender serviços e produtos.
As unidades do IAB na Espanha e Noruega também estão reforçando seus quadros e ampliando seu investimento para atrair uma nova safra de anunciantes, disse o grupo.
"Esse mercado responde por pouco mais de 1% do investimento publicitário total e no entanto representa muito mais em termos de penetração na audiência", disse Danny Meadows-Klue, presidente do IAB do Reino Unido. "Trata-se de uma mídia que vem sendo subutilizada pela comunidade publicitária mais ampla. É essa a brecha que tentamos transpor".
Empresas dos setores automotivo, de viagens e serviços financeiros entraram no mercado para compensar a queda, mas outros setores, tais como o de refrigerantes e cadeias de restaurantes de fast food, que gastam quantias consideráveis em publicidade em outras mídias, não demonstraram muito interesse.
Os anunciantes e suas agências dizem que relutam em dedicar grandes verbas à publicidade na internet porque não têm certeza de que os usuários vejam o anúncio.
Meadows-Klue disse que o IAB discutiria casos de campanhas efetivas com os anunciantes e agências. Ele menciona uma recente campanha on-line da British Airways que atingiu 2,8 milhões de consumidores ao dia, com anúncios em portais como o Yahoo. "Isso é tão bom quanto a TV", disse Meadows-Klue, acrescentando que o truque será convencer os anunciantes quanto ao fato.
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