Reuters
27/11/2002 - 04h46

Primeira cópia humana nasce em janeiro, afirma médico italiano

da Reuters

O polêmico médico italiano Severino Antinori anunciou ontem que uma mulher grávida deve dar à luz um clone humano em janeiro, mas se recusou a dar detalhes do experimento. "Está indo bem -não há problemas", disse Antinori em uma entrevista coletiva, afirmando que ele fez uma "contribuição científica e cultural" ao projeto, mas não esteve pessoalmente liderando o esforço.

O médico, que ganhou os noticiários em 1994, quando ajudou uma mulher de 62 anos a engravidar, defende a clonagem de seres humanos como uma forma de casais inférteis terem filhos.

Muitos na comunidade científica questionaram as afirmações de Antinori, no passado, de que mulheres já estariam grávidas com clones. Ele não ofereceu nenhuma evidência nova na coletiva.

A maioria dos médicos e cientistas rejeita a clonagem humana para fins reprodutivos, classificando-a como irresponsável e muito arriscada. Mas grande parte deles apóia o esforço para a clonagem terapêutica, onde se produz um embrião para extrair dele células-tronco, processo que o leva à morte e, por isso, não conduz à criação de um ser completo.

Antinori não revelou a localização ou a nacionalidade da mulher, mas disse que ultra-sonografias mostraram que o feto atualmente pesa de 2,5 kg a 2,7 kg e é "absolutamente saudável".

Em maio, Antinori disse que três mulheres estavam grávidas de clones, uma na décima semana de gravidez, uma na sétima e uma na sexta. Ele se recusou na ocasião a dizer onde estava o trio, revelando apenas que uma delas vivia em uma nação islâmica.

O médico não revelou agora se a mulher que daria à luz em janeiro era uma das três a que ele se referiu anteriormente.

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