Reuters
29/11/2002 - 09h35

Marcado referendo para fevereiro na Venezuela; governo protesta

da Reuters, em Caracas

Autoridades eleitorais da Venezuela marcaram para 2 de fevereiro a realização de um plebiscito para decidir se o presidente do país, Hugo Chávez, deve ou não renunciar.

Reuters - 31.mai.2002
Hugo Chávez, presidente da Venezuela
O governo de Chávez (esquerdista), porém, rechaçou a decisão e classificou-a de inconstitucional.

O Conselho Eleitoral Nacional aprovou por três votos contra um ontem a realização do plebiscito e abriu mais uma frente de confrontação na disputa travada entre o presidente do quinto maior exportador de petróleo do mundo e os inimigos dele.

Assessores do presidente não perderam tempo e contestaram a decisão do conselho, argumentando que ela violava a Constituição por convocar uma eleição sem o número de votos necessários. Segundo esses assessores, o órgão eleitoral agiria motivado por razões políticas.

"Essa é uma investida contra a democracia constitucional", disse o vice-presidente do país, Jose Vicente Rangel.

A Suprema Corte da Venezuela, sem se referir especificamente ao plebiscito de 2 de fevereiro, parecia ter concordado com o governo quando decidiu que o órgão eleitoral deveria adotar apenas as medidas aprovadas por um mínimo de quatro votos.

A disputa alimenta a tensão no país às vésperas de uma greve geral convocada pela oposição para segunda-feira (2) a fim de pressionar Chávez, eleito em 1998, a aceitar a realização do plebiscito.

Mas o presidente, que sobreviveu a uma tentativa de golpe realizada em abril, afirmou estar "mais forte do que nunca".



De todo modo, uma derrota no plebiscito não obrigaria Chávez a renunciar. Os adversários dele, porém, acreditam que esse golpe seria forte demais para ser absorvido.

O governo e a oposição mantêm atualmente "negociações de paz", patrocinadas pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), César Gaviria. Essas negociações visam elaborar um acordo que coloque fim ao conflito político na Venezuela.

Em declarações dadas depois da mais recente rodada de reuniões, ontem, Gaviria afirmou que a tensão entre os dois lados havia aumentado.


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