Reuters
29/11/2002 - 11h26

Grupo acusado por ataques em Bali terá novo dirigente

da Reuters, em Jacarta

O chefe de operações do grupo ativista islâmico Jemaah Islamiah, acusado de realizar ataques no Sudeste Asiático, foi substituído por um outro indonésio, afirmou uma autoridade policial hoje.

Algumas autoridades indonésias e estrangeiras responsabilizaram o Jemaah Islamiah e a rede Al Qaeda pelos ataques a bomba ocorridos no mês passado em Bali.

Autoridades regionais de agências de inteligência disseram que um homem conhecido como Hambali, um pregador muçulmano de 36 anos, era o antigo chefe de operações do Jemaah Islamiah. Segundo as acusações, Hambali planejava atacar embaixadas ocidentais e outros alvos na região.

"Com base em relatórios recebidos de várias fontes e apesar de as provas ainda não estarem completas, acreditamos que Hambali foi substituído por Mukhlas, também conhecido como Ali Gufron, chefe do Jemaah Islamiah no Sudeste Asiático", afirmou Made Mangku Pastika, encarregado das investigações sobre os ataques de Bali.

Anteriormente, a polícia havia identificado Mukhlas apenas como um irmão de Amrozi, um dos acusados de ter participado dos ataques de 12 de outubro na ilha turística indonésia, no qual morreram ao menos 185 pessoas.

Segundo Pastika, Mukhlas havia morado na Indonésia por vários meses antes dos ataques em Bali e agora estaria "na Malásia, substituindo Hambali". A autoridade policial não forneceu maiores detalhes.

Pouco depois da prisão de Amrozi, no começo deste mês, as forças de segurança disseram estar procurando por dois irmãos dele, suspeitos de participação nos ataques.

Ontem, Erwin Mappaseng, chefe do departamento de investigações criminais da Indonésia, afirmou que Mukhlas estava acima de Imam Samudra, identificado como o principal arquiteto e comandante de campo para os ataques em Bali. A polícia não esclareceu qual seria exatamente o papel de Mukhlas nos ataques.

 

FolhaShop

Digite produto
ou marca