Negros morrem mais de câncer de próstata que brancos nos EUA
da Reuters, em ChicagoOs negros norte-americanos sofrem e morrem mais de câncer de próstata do que os brancos, informou um estudo divulgado hoje. "A boa notícia é que, quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata é frequentemente curável em afro-americanos", disse William Barrett, coordenador da pesquisa.
"Nossas descobertas destacam a necessidade de mais exames entre a população masculina afro-americana para que o câncer possa ser detectado precocemente, quando é mais tratável", afirmou.
Em seu estudo, divulgado no encontro anual da Sociedade de Radiologia da América do Norte, Barrett comparou 12 pacientes negros com 161 brancos. Todos os pacientes foram submetidos a um tratamento de radiação.
Nenhum dos pacientes negros apresentou recaída do câncer, embora 5,6% dos brancos tenham apresentado recorrência --uma diferença que não foi estatisticamente significativa.
Segundo a pesquisa, os negros dos Estados Unidos sofrem de câncer de próstata a uma taxa de 234,2 por 100 mil pessoas. Já o índice entre brancos é de 144,6 por 100 mil. A taxa de mortalidade entre negros é de 53,1 por 100 mil, enquanto entre brancos é de 22,4.
"Há muito tempo se discute a utilidade do exame de câncer de próstata, pois algumas formas da enfermidade são de crescimento lento e nunca serão um problema para o paciente", informou o pesquisador. "Mas, como o câncer da próstata em afro-americanos geralmente não é de crescimento lento, a combinação de diagnóstico precoce e tratamento eficaz é particularmente benéfica."
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