Reuters
04/12/2002 - 07h56

Produtos dos EUA viram alvo de boicote muçulmano na Austrália

da Reuters, em Sydney (Austrália)

Muçulmanos da Austrália estão sendo convocados a boicotar companhias americanas, como a rede de cafés Starbucks e a fabricante de jeans Levi Strauss & Co, para protestar contra o apoio do país a Israel no conflito com os palestinos.

Líderes da comunidade muçulmana australiana, que tem cerca de 500 mil pessoas, afirmaram que panfletos, provavelmente elaborados por um grupo sediado em Londres, tem circulado pelo país incentivando os muçulmanos a parar de comprar produtos americanos.

"Acho que esta é uma nova tática que as pessoas vão começar a incorporar na batalha entre Israel e palestinos porque tem tido um bom efeito", disse Kuranda Seyit, da Federação de Conselhos Islâmicos da Austrália.

"Tem que se tentar [...] e pegá-los onde dói, e isto é realmente na economia", declarou Seyit.

Os muçulmanos australianos têm enfrentado crescente intimidação após os ataques do 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e sentem-se ainda mais coagidos depois das explosões em Bali, na Indonésia, em 12 de outubro. Ambos ataques são atribuídos a militantes ligados à rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden.

Seyit afirmou que nenhum grupo muçulmano australiano está por trás da campanha de boicote. Segundo a imprensa local, a campanha está sendo organizada ao grupo islâmico britânico Innovative Minds.

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